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SAÚDE

Risco de bebês nascerem mortos duplica se a mãe dormir de costas

Estudo analisou cerca de 1.000 gestações

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Redação iBahia

20/11/2017 às 23:20 • Atualizada em 29/08/2022 às 18:23 - há XX semanas
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Um estudo feito com cerca de 1.000 gestantes, publicado no periódico " British Journal of Obstetrics and Gynaecology", mostrou que o risco de morte fetal pode dobrar se as mulheres dormirem de costas no último trimestre da gravidez.

A pesquisa analisou 291 gestações nas quais os bebês nasceram mortos e 735 mulheres que tiveram bebês saudáveis. As observações foram comparadas com outros estudos realizados na Austrália e na Nova Zelândia, e os pesquisadores recomendam que as grávidas durmam de lado, mesmo em sonecas durante o dia.

Foto: Reprodução / shutterstock.com

Embora não seja possível controlar a posição que permanecem durante o sono, os pesquisadores destacam que é importante que as gestantes iniciem o período de descanso na posição lateral, ainda que ao longo da noite acabem mudando.

Ainda não há um diagnóstico fechado sobre o motivo pelo qual dormir de costas pode causar mais mortes de bebês, mas uma das hipóteses é de que o peso da criança e do útero pressionam os vasos sanguíneos e interferem no abastecimento de sangue ao bebê e consequentemente na transferência de oxigênio.

Segundo o estudo, cerca de 100 mil vidas de bebês podem ser poupadas por ano, no mundo, se as mães passarem a dormir de lado no último trimestre de gravidez. Nesse contexto, a campanha de saúde pública "Durma de lado" foi lançada no Reino Unido para conscientizar as mães sobre a importância de ficar nesta posição na última fase da gestação.

- Este é um estudo importante que acrescenta ao crescente corpo de evidências de que a posição do sono no final da gravidez é um fator de risco modificável para o nascimento de bebês mortos. A pesquisa é extremamente bem-vinda, já que um número significativo de bebês que nascem mortos permanece inexplicável, particularmente aqueles que são fruto de gravidez tardia- afirmou Edward Morris, vice-presidente de Qualidade Clínica do Royal College of Obstetricians and Gynecologists.

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