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SAÚDE

Tem como morrer de calor? Entenda os efeitos do excesso de sol

Exposição excessiva ao calor pode desencadear problemas de saúde, como edema de extremidades, síncope ou sintomas associados, além de cãibras e predisposição à dermatites em geral

Redação iBahia • 27/12/2020 às 9:49 • Atualizada em 27/08/2022 às 0:55 - há XX semanas

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Você já usou a expressão "morrendo de calor"? Nos dias mais quentes do ano é impossível não falar ou ver alguém conhecido usando essa expressão, que internalizamos como exagerada e de sentido figurado. Mas, de acordo com o médico clínico Rodrigo Prado, do Hospital Albert Sabin de SP, é possível sim que isso aconteça direta ou indiretamente. Ao Minha Vida, o médico explicou por que isso ocorre e recomendou alguns cuidados para evitar problemas durante épocas mais quentes.

As altas temperaturas provocam o estresse físico que, consequentemente, provoca a perda de sais e água através da transpiração, podendo levar ao que a medicina chama de "hemoconcentração" - processo de concentração do sangue, tornando-o mais espesso. Esse processo estar diretamente ligado a um aumento no risco de doenças coronarianas e vasculares encefálicas, que também podem levar à morte.

O próprio calor, diretamente, também pode ser fatal, "embora isso ocorra em casos mais extremos", como esclarece Rodrigo. Segundo o especialista, tal quadro pode ser atingido por um processo conhecido como insolação, que é quando o organismo falha em manter a temperatura do corpo abaixo de 37,5ºC.

A maneira mais eficiente que o organismo tem para eliminar o calor é através da evaporação do suor - e esse processo pode ser dificultado em ambientes demasiadamente quentes ou úmidos. Tal situação é especialmente perigosa em idosos, mas também pode ocorrer em jovens saudáveis que praticam atividades físicas extenuantes em dias quentes.

Doenças causadas pelo calor

A exposição excessiva ao calor pode desencadear problemas de saúde, como edema de extremidades, síncope ou sintomas associados (tontura ou sensação de desmaio), além de cãibras e predisposição à dermatites em geral.

Em casos de exposições prolongadas ou de pacientes suscetíveis, pode haver o que se chama de "exaustão pelo calor", um quadro marcado por cefaleia, fraqueza, tontura, taquicardia e confusão mental, que em geral melhora rapidamente ao refrescar-se. O calor elevado pode causar também alguns transtornos dermatológicos conhecidos como miliária ou brotoeja.

É importante frisar que, embora calor excessivo e exposição solar sejam diferentes, costumam estar intimamente ligados. A exposição prolongada ao sol pode causar queimaduras importantes além de, em longo prazo, predispor lesões malignas da pele (câncer de pele) e envelhecimento precoce.

Como cuidar da saúde

Você deve realizar exames frequentes e check-ups médicos anuais para saber como anda seu organismo. Lembre-se de ingerir a quantidade de água ideal no cotidiano, que varia de acodo com a faixa etária e o peso da pessoa. A necessidade de ingestão de água também pode ser guiada pela coloração da urina. "O ideal é que, mesmo em dias quentes, nosso xixi fique sempre clarinho, mas não transparente", afirma Rodrigo. Segundo o clínico, a urina mais escurecida ou com cheiro um pouco mais forte pode ser um sinal de desidratação.

Outra indicação é a de se evitar o consumo de cafeína e álcool em dias muito quentes, pois elas facilitam a desidratação do corpo. Além isso, use sempre protetor solar e, se possível, roupas com proteção UV.

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