Foram enterrados no final da tarde desta quinta-feira (28) os corpos dos policiais militares baleados após uma perseguição no bairro do IAPI, em Salvador. Os velórios e sepultamentos aconteceram em momentos distintos, no Cemitério Bosque da Paz, em Nova Brasília, também na capital baiana.
O primeiro enterro foi de Marcelo Santana, às 16h30. Já Anderson de Souza Santana foi sepultado às 17h. Centenas de familiares, amigos e colegas de farda dos militares acompanharam as cerimônias, sob forte comoção. Houve ainda uma homenagem com fogos de artifício.
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Os policiais morreram após trocarem tiros em um bar, durante a ação policial, na noite de quarta-feira (27). Um suspeito de 18 anos foi à óbito no mesmo local e outro no bairro de Santa Mônica.
Segundo a Polícia Militar, Marcelo Santana, que estava em serviço, mas descaracterizado, perseguia o jovem, após um roubo de carro. Já Marcelo não estava trabalhando, mas confundiu a situação com um assalto e reagiu.
Quem eram os PMs
Anderson de Souza Santana
Segundo familiares, Anderson iniciou a carreira militar em 2009, incialmente na Cavalaria. Logo depois, foi transferido para 47ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Pau da Lima), e, na sequência, para o Batalhão de Guarda, onde trabalhava em posto do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), no bairro do Sieiro. Anderson Santana era casado e deixa uma filha adulta.
O policial fazia trabalhos sociais com crianças e adolescentes com um vereador de Salvador, e ainda fazia distribuição de cestas básicas, materiais esportivos e brinquedos. Além disso, o PM ajudava nas "vigílias" das igrejas da região da Liberdade e encaminhava jovens para escolinhas de futebol.
Marcelo Santana
Natural da cidade de Tucano, a 267 km de capital baiana, o policial iniciou a carreira militar em 2008, sempre atuando em unidades especializadas. Entre elas, a Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa) e do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR). Marcelo também era mestre de karatê. Ele deixa esposa, quatro filhos e uma neta.
Entenda a situação
- Policiais à paisana acompanhavam um veículo com dois suspeitos e um motorista por aplicativo refém na região da Avenida San Martin
- O veículo foi perseguido e bateu no fundo de um ônibus na ladeira do IAPI
- Em seguida, dois suspeitos iniciaram uma fuga em direções diferentes e o motorista de aplicativo confirmou que foi vítima de assalto
- Os militares seguiram as buscas pelos suspeitos no bairro Santa Mônica
- Uma guarnição da Rondesp foi solicitada e localizou o primeiro suspeito
- Houve troca de tiros, o homem foi atingido e socorrido no Hospital Ernesto Simões Filho, mas não resistiu e morreu na unidade
- Depois da primeira troca de tiros, policiais militares, em uma viatura despadronizada foram informados da localização do outro suspeito
- Um PM seguiu a busca em um moto-táxi que passava no local
- O policial encontrou o suspeito dentro de um bar na rua Astrozildo Sepúlveda
- Um policial militar que não estava em serviço também estava no estabelecimento
- O militar que estava em busca do suspeito deu voz de rendição
- Ao ver a situação, o policial que não estava em serviço reagiu por acreditar que se tratava de um assalto
- Ele sacou a arma e iniciou uma troca de tiros
- Os dois policiais e o suspeito foram atingidos
- O militar que estava em serviço foi socorrido para o Hospital Geral do Estado, onde passou por cirurgia, mas morreu
- Já o policial militar que estava no local, mas não estava em serviço, foi socorrido para o Ernesto Simões, onde também morreu
- O segundo suspeito de cometer o crime usava tornozeleira eletrônica e morreu no bar - ele tinha passagens por receptação qualificada, associação ao tráfico e corrupção de menores
Redação iBahia
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