A corretora Marileide Santos Silvas, encontrada morta dentro da casa onde morava em Lauro de Freitas, foi espancada na cabeça por um cabo de madeira e abusada sexualmente. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou, na quinta-feira (23), o caseiro Anderson da Hora Santos pelo crime.
O corpo de Marileide foi encontrado no dia 21 de setembro, em estado de decomposição e enrolado em um tapete. O caseiro também estava no local desacordado. A denúncia diz que ele trabalhava para a vítima como caseiro e outras funções domésticas e morava com ela há cerca de seis anos.
Leia também:
Segundo a denúncia, o laudo do crime indica que havia manchas de sangue humano nas paredes e em um vaso de planta no local onde a vítima foi encontrada morta, assim como um cabo de madeira de instrumento agrícola. A investigação indica que a vítima foi golpeada na cabeça até perder a vida.
Além disso, o laudo indica que amostras coletadas confirmam a presença de sêmen do caseiro na vítima, o que demonstra que Marileide foi abusada sexualmente pelo suspeito.
Ainda segundo a denúncia apresentada pelo MP-BA, o caseiro tentou manter relações sexuais com a vítima, sendo reprimido por ela. Os dois entraram em um confronto e o denunciado utilizou o cabo de madeira para golpear a mulher "sucessivas vezes na cabeça, dando provável causa ao óbito". Em seguida, despiu a vítima e abusou sexualmente dela.
O laudo da necropsia indica ainda que o óbito ocorreu entre 48h e 120h, no intervalo de 17 a 20 de setembro. Ainda segundo a descrição, além das lesões na cabeça, Marileide também apresentou contusões no braço, antebraço, punhos, coxa, joelhos e fratura do septo nasal.
Testemunhas
Ainda no parecer do MP-BA, foram detalhados os depoimentos das testemunhas ouvidas na investigação do caso.
Uma das testemunhas declarou que suspeitava que Anderson possuía interesse amoroso na vítima, pois já tinha visto ele com o "pênis ereto" a olhando para Marileide. Ainda segundo o depoimento, a testemunha chegou a questionar a vítima sobre o caseiro, no entanto, ela respondeu que confiava nele.
Ainda segundo as testemunhas ouvidas, o último contato com a corretora ocorreu no domingo, dia 17 de setembro. Após isso, tentaram entrar em contato Marileide nos dias seguintes, mas não conseguiram. Por causa disso, foram até a casa da vítima e chamaram a polícia.
O porteiro da rua onde o crime aconteceu também declarou que viu Anderson Santos pela última vez no dia 18 de setembro, quando ele saiu da casa e logo em seguida retornou. Depois disso, não foi mais visto.
Versão do denunciado
Ouvido em interrogatório, o denunciado negou ter praticado o crime. Segundo a versão apresentada por ele, na noite do dia 20 de setembro ingeriu um comprimido e apagou, acordando no dia seguinte no hospital Menandro de Faria, sob custódia policial. Ainda segundo Anderson Santos, ele considerava Marileide como uma mãe, pois ela "lhe dava de tudo" e moravam juntos há seis anos.
Redação iBahia
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!