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Alvo de diversas acusações

Empresário suspeito de tentativa de homicídio é solto em Salvador

Marcelo Batista da Silva é investigado pelo duplo homicídio de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz

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Redação iBahia

11/09/2025 às 17:57 - há XX semanas
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O empresário Marcelo Batista da Silva, investigado pelo duplo homicídio de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz, e preso anteriormente pela tentativa de homicídio contra outras três pessoas em Salvador (BA), foi solto na manhã desta quinta-feira (11).


					Empresário suspeito de tentativa de homicídio é solto em Salvador
Empresário suspeito de tentativa de homicídio é solto em Salvador. Foto: Reprodução/Redes Sociais

A prisão preventiva contra ele foi decretada em 25 de agosto e cumprida no dia seguinte. Marcelo foi localizado em um ferro-velho no bairro de Pirajá, na capital baiana, durante ação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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O portal g1 entrou em contato com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) para entender o motivo da soltura, mas não obteve resposta até a última atualização da reportagem.

Segundo o delegado Vítor Spinola, no dia da prisão, Marcelo se escondeu debaixo de um armário e reforçou a fechadura do local onde foi encontrado. O delegado afirmou que o empresário agiu "de forma ardilosa" e os policiais tiveram dificuldades para entrar no local.

"Marcelo e outros indivíduos que estavam ali trabalhando foram localizados no terceiro pavimento, escondidos embaixo de um armário de ferro", relatou o delegado.

Embora seja investigado pelo duplo homicídio de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz, a prisão preventiva de Marcelo foi cumprida devido à tentativa de homicídio contra outras três pessoas - duas delas ex-funcionários de sua empresa, que foram alvos de disparos de arma de fogo, mas conseguiram escapar.

Marcelo é acusado de matar Paulo Daniel Pereira e Matusalém Silva Muniz, desaparecidos desde 4 de novembro de 2024. As investigações indicam que as vítimas teriam sido torturadas e mortas no galpão onde o suspeito foi preso. Os corpos continuam desaparecidos.

Os jovens desapareceram após saírem para trabalhar como diaristas em um ferro-velho de Marcelo, no bairro de Pirajá, também em Salvador. Eles passaram cerca de três semanas no local e são considerados mortos pela Polícia Civil (PC).

Suspeito se apresentou à Justiça após ficar dois meses foragido

No dia 9 de junho deste ano, Marcelo Batista se apresentou voluntariamente à Justiça, após mais de dois meses foragido, sendo acusado pelo assassinato de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz.

Na ocasião, o juiz Vilebaldo José de Freitas decidiu conceder liberdade provisória ao empresário, impondo medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar à noite e proibição de deixar a cidade.

Em sua decisão, o magistrado destacou que a apresentação espontânea de Marcelo, acompanhada pela entrega do passaporte e um pedido formal de desculpas, evidenciou "arrependimento e respeito ao Judiciário".

Assim, a prisão preventiva de Marcelo Batista foi revogada pela segunda vez e substituída por medidas cautelares mais rigorosas. O juiz entendeu que não havia provas suficientes de que o acusado representasse uma ameaça às testemunhas ou à ordem pública.

A decisão também estipulou que o descumprimento de qualquer uma das condições impostas poderia resultar na revogação imediata da liberdade provisória e na decretação de nova prisão preventiva, sem a necessidade de oitiva prévia.


					Empresário suspeito de tentativa de homicídio é solto em Salvador
Foto: Reprodução/TV Bahia

Mãe de vítima pede justiça

Em entrevista à TV Bahia no dia 11 de junho, a mãe de Paulo Daniel, Marineide Pereira, revelou que Marcelo Batista se apresentou à Justiça no dia do aniversário de seu filho, que completaria 24 anos em 9 de junho.

"Eu pergunto a vocês se ele merece perdão. Eu, sinceramente, perdoo Marcelo Batista como ser humano. Quem vai dizer que você merece o perdão é Deus. São duas vidas e até hoje eu não sei onde jogaram", disse Marineide.

Ela também compartilhou que sua saúde está debilitada, precisando tomar 12 comprimidos de medicamentos por dia e utilizando muletas para se locomover.

"Hoje eu me encontro nessas condições. Seu juiz, coloque a mão na consciência e analise se o que o senhor fez está certo, de ter dado a liberdade provisória a Marcelo Batista. Não tenho medo de dizer, ele é assassino, e não suspeito. Ele tirou a vida do meu filho e do colega dele, Matusalem", afirmou Marineide.

A mãe de Paulo Daniel ainda afirmou que, dias antes do desaparecimento, os jovens teriam sido acusados pelo empresário de roubar um gerador. No entanto, ela garantiu que seu filho não estava envolvido com a criminalidade e que não teria a estrutura física necessária para roubar o item.

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