A família de um menino de 5 anos denunciou uma escola particular de Cajazeiras, em Salvador, após um menino de 5 anos relatar ter sido agredido por colegas dentro da instituição.
Segundo o menino, ele teria sido espancado por crianças da mesma faixa etária. Em entrevista à TV Bahia, a mãe disse que procurou a polícia após o filho chegar em casa depois da aula com marcas nos braços.
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"Ele [o filho] disse que eles [os colegas] bateram. Um puxou os cabelos, o outro segurou no rosto, na boca, mordeu ele", contou a mãe do menino, que preferiu não revelar a identidade.
Ainda de acordo com a mãe, ao chegar em casa, o garoto não quis contar o que tinha acontecido. Mas, ao ser incentivado por ela a fala, acabou explicando a situação.
"Botei ele no sofá e falei: 'Meu filho, quero te proteger, saber o que foi que aconteceu, porque preciso entender'. Aí ele falou o nome dos três coleguinhas e ainda disse: "eles fizeram um plano infalível para acabar comigo'", relatou.
O caso aconteceu há uma semana e é investigado pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), que diz investigar o crime de maus-tratos. Ainda segundo a polícia, o menino foi encaminhado para exames periciais e testemunhas serão ouvidas.
Menino foi agredido no rosto e nos braços
Em imagens feitas pela mãe, é possível ver que o menino ficou com marcas no rosto e nos braços. Ela diz ter procurado a escola, conversou com os responsáveis e depois registrou o boletim de ocorrência.
"Meu filho foi espancado, não foi uma briguinha na escola. Então, quanto tempo essas crianças ficaram sozinhas na sala?", questionou.
"As crianças a gente não pode responsabilizar, mas um adulto precisa ser responsabilizado. Ou por omissão, ou por negligência", completou um tio.
O advogado da família, Francinadson Dantas, disse que vai mover uma ação com base na lei que criminaliza o bullying.
"O estabelecimento de ensino vai ser responsabilizado por isso, porque tem o dever de cuidado para com os estudantes. O Conselho Estadual de Educação vai ser acionado para que tome as providências da sua alçada", explicou.
O que diz a escola
Em nota, o departamento jurídico afirmou que as imagens das câmeras de segurança da instituição não identificaram movimentação anormal no colégio.
Além disso, que no trajeto para casa não houve nenhuma ocorrência e que a equipe está empenhada em esclarecer o fato, ainda que não tenha acontecido nas dependências da instituição.
A escola diz também que já acionou o Ministério Público da Bahia (MP-BA) e o Conselho Tutelar para acompanhar o caso.
Nathália Amorim
Nathália Amorim
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