O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) marcou presença no Jornal da Manhã, telejornal matinal da TV Bahia, nesta quarta-feira (5) e se manifestou um dia após a ação policial contra o Comando Vermelho que resultou na prisão de mais de 30 suspeitos na Bahia e no Ceará.

"As operações vão continuar, é uma determinação minha", disse Jerônimo em entrevista. A Operação Freedom foi deflagrada na terça-feira (4) e levou à prisão de 38 pessoas em Salvador, em municípios do interior da Bahia e também no Ceará. Um homem morreu após resistir à prisão e trocar tiros com os policiais.
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Entre os alvos da operação estava o chefe da facção criminosa que atuava no bairro da Liberdade, em Salvador, identificado como Luís Lázaro Santana Alves. Segundo o g1, ele foi localizado na cidade de Eusébio, no Ceará, junto com a companheira, que também foi presa por suspeita de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.
Segundo o governador Jerônimo Rodrigues, a Operação Freedom começou a ser planejada em 2024, a partir do trabalho dos serviços de inteligência da polícia. As ações dos criminosos foram monitoradas e as informações, compartilhadas entre as forças de segurança de diferentes estados.
"Eu não interfiro no formato e na inteligência. A operação de ontem foi construída durante um ano através da rede de inteligência e ontem vimos o que significa fazer uma ação de forma correta", destacou.
Violência no extremo sul da Bahia
No dia 28 de outubro, pai e filho morreram após serem baleados durante um confronto armado entre indígenas e assentados em Itamaraju, no extremo sul da Bahia. Após o episódio, o policiamento na região foi reforçado.
De acordo com o governador, a disputa por terras só será solucionada quando a questão da demarcação for definitivamente resolvida. Dados da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) indicam que a Bahia possui atualmente 31 terras indígenas.
"Eu falei com o ministro Lewandowski para ver se a gente consegue sentar e resolver essa questão da demarcação. Como não está resolvida, todo mundo quer ser dono", declarou o governador.
Neste ano, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região reconheceu o direito dos indígenas Pataxós às terras da Fazenda Paraíso, localizada na Terra Indígena (TI) Caramuru-Paraguaçu, que abrange os municípios de Itaju do Colônia, Camacan e Pau Brasil, no sul do estado.
"Quando a gente demarca, a gente dá direito às terras indígenas ou reforma agrária, e dá também as condições para quem quer investir. Enquanto isso não for resolvido, nós teremos conflito, porque a polícia está ali apaziguando; o que resolve definitivamente é o título da terra", concluiu.
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