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'Acredito na Justiça'

Irmã de Sara Mariano comemora prorrogação da prisão de cunhado

Soraya Correia classificou a decisão como um sinal de que as coisas estão encaminhando para que todos os envolvidos seja

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Alan Oliveira

24/11/2023 às 21:23 - há XX semanas
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A irmã de Sara Mariano comemorou nesta sexta-feira (24) a prorrogação da prisão temporária do cunhado, Ederlan Mariano, que é suspeito de encomendar a morte da cantora gospel.


				
					Irmã de Sara Mariano comemora prorrogação da prisão de cunhado
A morte da cantora Sara Mariano é investigada pela polícia. Três pessoas estão presas, entre elas o marido da vítima. Reprodução/ Redes Sociais

Em relato enviado à TV Bahia, Soraya Correia classificou a decisão como um sinal de que as coisas estão encaminhando para que todos os envolvidos sejam responsabilizados pelo crime. O assassinato completou 1 mês nesta sexta.

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"Não vai amenizar a dor, mas eu acredito muito que a justiça da terra existe e que está sendo feita, e que ele vai ficar preso por muitos e muitos anos", contou.


				
					Irmã de Sara Mariano comemora prorrogação da prisão de cunhado
Cantora gospel Sara Mariano foi encontrada morta após ser dada como desaparecida. Foto: Reprodução/Instagram

Soraya ainda comentou sobre a guarda da sobrinha, de 11 anos, que ainda está sendo disputada entre a família dela e os avós paternos. Ela quer a menina longe do pai.

"Acredito muito na Justiça, para a gente conseguir a guarda da minha sobrinha, para que ela venha a ser criada debaixo da verdade, com caráter, que ela venha a sair desse ninho de cobras".


				
					Irmã de Sara Mariano comemora prorrogação da prisão de cunhado
Família pede à Justiça para visitar filha de Sara Mariano. Foto: Reprodução/Redes Sociais

A menina só foi ouvida pela polícia nesta semana. Em tentativas anteriores, os avós paternos não compareceram à delegacia com ela. A mãe e a irmã de Sara Mariano também ainda não tinham conseguido ver a criança. Elas conseguiram uma determinação da Justiça para isso.

O depoimento foi realizado se forma especial, com a presença de assistente social e psicólogo, por causa da idade da garota. Na ocasião, conforme divulgou a polícia, a menina deu a entender que não sabe que o pai seria mandante do crime.

Histórico

A vítima desapareceu no dia 24 de outubro. Na época, o marido da cantora, Ederlan Mariano, registrou um boletim de ocorrência, afirmando para a polícia que ela havia deixado a casa da família, no bairro de Valéria, em Salvador, para participar de um encontro de mulheres em uma igreja de Dias d'Ávila, na Região Metropolitana (RMS). Além da imprensa, ele usou as redes sociais para pedir ajuda na busca.

Três dias depois, em 27 de outubro, o corpo de Sara Mariano foi encontrado parcialmente queimado em uma área de mata, às margens da BA-093, na cidade para onde ela iria. Ederlan foi o responsável pelo reconhecimento do corpo, antes mesmo da confirmação oficial.


				
					Irmã de Sara Mariano comemora prorrogação da prisão de cunhado
Ederlan, Zadoque, Gideão e Victor são investigados pelo crime. Foto: Reprodução

A polícia confrontou a versão do evento para onde Sara iria dada pelo marido com a de um líder religioso ligado à vítima. Com o decorrer das investigações, informações deram conta da fragilidade no casamento. Em um áudio, a cantora chegou a declarar que pensava em se separar do marido por conta de seus comportamentos. Versão que era confirmada pela família dela.

Na madrugada de 28 de outubro, Ederlan foi preso pelo crime. Segundo a polícia, o evangélico teria confessado ser mandante do assassinado da cantora gospel. A defesa nega.

Depois de Ederlan, outros 3 envolvidos foram presos. São eles: Weslen Pablo Correia de Jesus, que é conhecido como Bispo Zadoque, Gideão Duarte e Victor Gabriel de Oliveira. Eles teriam dividido R$ 2 mil pelo crime, pagos por Ederlan.


				
					Irmã de Sara Mariano comemora prorrogação da prisão de cunhado
Cantora gospel Sara Mariano foi encontrada morta após ser dada como desaparecida. Foto: Reprodução/Instagram

Um quinto homem citado na acareação do trio também teria recebido parte desse dinheiro. Os suspeitos alegam que ele sabia do crime. No entanto, o homem nega.

Segundo relato contido na acareação dos suspeitos de executar o crime, o homem recebeu R$ 200 como "cortesia", de Zadoque, que foi responsável pela divisão do dinheiro. Os outros R$ 1.800 foram divididos entre eles da seguinte forma:

  • R$ 900: valor recebido por Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como Bispo Zadoque, executor da vítima e responsável pela ocultação do cadáver.
  • R$ 500: valor recebido por Victor Gabriel de Oliveira, que segurou Sara para que Weslen Pablo, o Bispo Zadoque, a matasse. Também participou da ocultação do cadáver.
  • R$ 400: valor recebido por Gideão Duarte pelo transporte de Sara para encontro dos executores, e dos mesmos para a casa de Ederlan após o crime. Ele ainda retornaria ao local com os executores para a queima do corpo de Sara.

Relato do crime

Weslen Pablo Correia de Jesus, o Bispo Zadoque - executor do crime
  • Ao lado de Victor Gabriel de Oliveira e Gideão Duarte, participou do planejamento, da execução e da ocultação do cadáver de Sara Mariano.
  • Disse ter usado gasolina para incendiar o corpo da cantora.
  • Detalhou a divisão do dinheiro entregue por Ederlan para o crime.
  • Disse que Ederlan prometeu novos pagamentos quando o dinheiro que Sara teria guardado em casa fosse localizado. Os valores estariam entre R$ 10 mil e R$ 15 mil.
Victor Gabriel de Oliveira - ajudou na execução
  • Pediu desculpas por ter mentido no primeiro depoimento e admitiu participação no crime.
  • Disse que o crime foi planejado em setembro, um mês antes da execução.
  • Afirmou que Gideão simulou uma pane no veículo para entregar Sara aos executores.
  • Segurou Sara para que Weslen (Bispo Zadoque) a esfaqueasse.
  • Afirmou que após o crime seguiu com os demais suspeitos para a casa de Ederlan, onde entregaram o celular de Sara para o mandante.
  • Disse que acompanhou Weslen, e levados por Gideão, retornaram ao local do crime no dia seguinte para ocultar o cadáver, após Ederlan mostrar preocupação com a repercussão do desaparecimento da cantora gospel.
Gideão Duarte - motorista que conduziu Sara e os executores para o crime
  • Disse ter tomado conhecimento do plano apenas no dia do crime.
  • Foi chamado por Weslen, o Bispo Zadoque, e recebeu R$ 400.
  • Deixou Victor e Weslen no local combinado e em seguida fez o mesmo com Sara.
  • Para parar no local com a cantora gospel, simulou que o carro passava por um pane.
  • Disse ter ficado no carro enquanto Weslen e Victor mataram Sara.
  • Levou os executores de volta para a cada de Ederlan, onde eles entregaram o celular da vítima.
  • Em seguida, levou os dois para Rodoviária e pegaram o cantor Davi Oliveira.
  • O destino do grupo era Camaçari, mas no trajeto, Weslen pediu para voltar ao local do crime.
  • Após o desvio, o trio foi deixado no condomínio Algarobas, em Camaçari, e seguiu para casa, onde foi devolver o carro que dirigia, e que era emprestado.
  • Afirmou ainda que no dia seguinte ao crime, pela noite, retornou com Weslen e Victor ao local para retirar o corpo, ou caso não fosse possível, atear fogo, o que foi feito.
  • Os quatro suspeitos estão presos no mesmo lugar: Centro de Observação Penal (COP), no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador. Não se sabe, no entanto, se chegam a dividir cela.

Os quatro suspeitos estão presos no mesmo lugar: Centro de Observação Penal (COP), no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador. Não se sabe, no entanto, se chegam a dividir cela.

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