A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal deflagraram em cinco estados do país, na manhã desta terça-feira (14), a operação "Illusio" para desarticular uma organização criminosa especializada em fabricar cigarros clandestinos. Ao todo são 59 mandados sendo cumpridos, inclusive na Bahia, na cidade de Capim Grosso, a 278 km de Salvador.
Segundo a PF, a organização criminosa atua na falsificação e contrabando de cigarros de marcas paraguaias, descaminho de maquinário utilizado na fabricação de cigarros, tráfico de pessoas, trabalho escravo, falsificação e uso de documentos falsos. Além disso, ainda são registrados crimes contra as relações de consumo, contra os registros de marcas e lavagem de dinheiro.
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A investigação indica que a organização, chefiada por um empresário de Barueri (SP), pegava os trabalhadores no Paraguai e os levava para fábricas clandestinas em Divinópolis (MG). No local, eles era submetidos ás condições análogas à escravidão.
Ainda segundo a Polícia Federal, os paraguaios ficavam trancados, sem telefone e eram impedidos de ter contato com o mundo exterior. Alguns chegavam a não saber onde estavam, pois eram conduzidos até as fábricas com olhos vendados.
Dos 59 mandados que estão sendo cumpridos, 11 são de prisão preventiva, 13 de prisão temporária e 35 de busca e apreensão em residências, galpões e empresas.
Além da Bahia, a operação acontece em Manaus (AM), Belo Horizonte (MG), Divinópolis (MG), Itaúna (MG), Nova Lima (MG), Nova Serrana (MG), Pará de Minas (MG), Pitangui (MG), São Gonçalo do Pará (MG), Barueri (SP), Carapicuíba (SP), Indaiatuba (SP), Osasco (SP), Santana de Parnaíba (SP), São Caetano do Sul (SP), São Paulo (SP),Taiúva (SP) Nova Ipixuna (PA).
Prisões
Em casos de prisão, os suspeitos responderão por um ou mais dos seguintes crimes, segundo a PF:
- organização criminosa - 8 anos
- contrabando de cigarros - 5 anos
- descaminho de maquinário - 4 anos
- tráfico de pessoas - 8 anos
- trabalho escravo - 8 anos
- falsificação e uso de documento particular falso - 5 anos
- crimes contra as relações de consumo - 5 anos
- lavagem de dinheiro - 10 anos.
Nathália Amorim
Nathália Amorim
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