iBahia > segurança
Virou réu

PM é acusado de homicídio qualificado no caso de jovem morta em posto

Justiça aceita denúncia do Ministério Público da Bahia e torna réu o policial militar João Wagner Madureira

Cristina Mascarenhas • 06/02/2024 às 20:33

Google News siga o iBahia no Google News!

O policial militar João Wagner Madureira, suspeito de matar a jovem Fernanda Santos Pereira, de 23 anos, a tiros, num posto de gasolina, em Ilhéus, no extremo sul da Bahia, vai responder por homicídio qualificado. A decisão foi tomada pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) que aceitou a denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA).

Crime aconteceu num posto de gasolina, em Ilhéus, no mês de janeiro

De acordo com a decisão de Gustavo Henrique Almeida Lyra, Juiz de Direito da 1ª Vara do Júri, da Comarca de Ilhéus, o policial tem 10 dias, a partir desta terça-feira (6), para apresentar resposta por meio de advogado ou da Defensoria Pública.

João Wagner está preso no Centro de Custódia Provisória da Polícia Militar, emLauro de Freitas, na Região Metropolitana deSalvador, cumprindo o mandado de prisão preventiva decretada, no dia 18 de janeiro, uma semana depois do crime.

O que ocorreu

O crime aconteceu no dia 11 de janeiro e foi registrado pelas câmeras de segurança do posto de gasolina em que a jovem foi morta. Nas imagens, é possível ver Fernanda Pereira abaixada e João Wagner se aproximar, com uma arma na mão, e dar um chute nela. Os dois começam a discutir e a jovem chega a estapear o homem. Ele revida e começa a agredi-la. Em seguida, o suspeito consegue imobilizar a vítima e disparar contra ela à queima roupa.

A jovem chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos.

João Wagner se apresentou à polícia, três dias após o crime, prestou depoimento e foi liberado, já que o prazo para prisão em flagrante havia encerrado. No depoimento, o policial disse que o tiro tinha sido acidental.

De acordo com o delegado Helder Carvalhal, o principal indicativo para motivação do crime é de ato fútil já que o conflito que motivou a ação criminosa foi a disputa pela chave de um apartamento.

"Nós verificamos que não há um disparo acidental. O que nós percebemos, de acordo com as imagens, depoimentos colhidos, testemunhas ouvidas... Houve o acionamento do gatilho da arma e, por essa razão, a Polícia Civil entende que houve a prática de um crime de homicídio", afirmou o delegado.

Leia mais

Mãe de jovem morta em posto na BA pede justiça: 'Destruiu a vida dela'

TAGS:

bahia Ilhéus Justiça Lauro de Freitas salvador Segurança

RELACIONADAS:

MAIS EM SEGURANÇA :

Ver mais em Segurança