A mãe de Eustácio Batista Dias, 27 anos, fisiculturista baiano morto no interior de São Paulo, na terça-feira (17), pediu justiça pela morte do filho. Em entrevista à TV Santa Cruz, Elizanete Ferreira afirmou que o ex-atleta não era envolvido com tráfico e que ele não precisava ser morto.
"Todos os dias eu falava com meu filho. Falei com ele meia hora antes [do assassinato]. Essa pessoa sem coração e maldosa tirou a vida do meu filho. Quero justiça divina e quero justiça dos homens. Ele falou comigo [antes de morrer] que estava feliz e que estava indo para a academia. Esses malditos acabaram com a minha vida", disse ela.
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Segundo dona Elizanete, ela recebeu a notícia da morte do filho através do irmão, pouco tempo depois do assassinato. "Foi a pior notícia que eu podia receber. Ter a vida do meu filho ceifada por uma coisa ruim. Eu quero Justiça", pontuou ela.
O pai do atleta, João Francisco Dias, também lamentou a morte do campeão brasileiro da modalidade. "Ele sempre quis viver de esporte e ele tem vários troféus espalhados em diferentes lojas de cosméticos. Ele pedia patrocinio, ganhava os troféus e deixava lá [nas lojas] para divulgar. Ele foi uma pessoa que caminhou de Teixeira de Freitas [extremo sul da Bahia] com passos largos. Ajudei meu filho até onde podia", continuou seu João.
"Meu filho não é ladrão, criminoso, assaltante, traficante, arrombador, todo mundo sabe. Meu filho tinha uma mulher boazinha, ele cuidava dela e ela cuidava dele", completou ele aos prantos.
Homem teria relação com tráfico
Ele tinha um perfil nas redes sociais com quase 11 mil seguidores. Antes do crime acontecer, ele chegou a publicar uma sequência de imagens no local. O primeiro mostrando halteres de musculação com a palavra 'santuário', seguida de uma foto exibindo os músculos.
Eustácio Batista tinha passagem pela polícia por receptação e era investigado por furto em Teixeira de Freitas. O fisiculturista foi assassinado enquanto treinava em uma academia de Botucatu. As câmeras de segurança filmaram todo o crime. Assista no vídeo abaixo:
Vale destacar que o delegado de Botucatu, Lourenço Talamonte, contou que o atleta foi "jurado de morte" antes de sair do estado baiano. Conforme apurações do g1 Bahia, Eustácio chegou a ser preso duas vezes. Existe também indícios que ele traficava drogas no município. Até o momento, duas pessoas foram levadas à delegacia, onde foram ouvidas e liberadas. Ninguém foi preso.
Lucas Sales
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