O afrofuturismo é um movimento estético, cultural e político que utiliza elementos da ficção científica para se expressar na arte. Nessas narrativas, mulheres e homens negros estão no centro como protagonistas de suas próprias histórias e habitando um futuro tecnológico em que experiências negras não são marcadas pela opressão racial.
Esse assunto é tema de um episódio do podcast Pele Preta Salvador, apresentado pela produtora Fran Cardoso e pelo jornalista Rafael Santana. E para compor essa conversa, o programa recebeu a cantora e compositora baiana Larissa Luz, que também falou sobre feminismo negro e os elementos que marcaram sua carreira.
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"O afrofuturismo é sobre pensar sobre coisas que podem acontecer, em possibilidades que a gente talvez não imagine precisar, acontecer, se permitir em pensar no surreal, no irreal, pensar nele como possível, né?" disse Larissa .
A artista, que começou a cantar aos 15 anos e assumiu os vocais da banda Araketu de 2007 a 2012, segue em carreira solo e já lançou 3 álbuns: 'Mudança', 'Território Conquistado' e 'Trovão'. Ela também é atriz e assinou o roteiro e direção do próprio clipe da música 'Hipnose', que navega pelo afrofuturismo.
Ao ser perguntada como se sente sobre o lugar de representação como mulher preta, a cantora disse que foi uma necessidade natural, partindo das suas próprias vivências, como forma de desabafo e ao mesmo tempo de um projeto de ressignificação de situações que não achava correto.
"Sempre quis fazer da arte instrumento de transformação social, sempre quis fazer da minha arte ferramenta política, sempre quis usar a meu favor o que eu tenho que é a arte, a música e a escrita", comentou.
Ouça a entrevista completa:
*Sob a supervisão do repórter Ícaro Lima
Aline Gama
Aline Gama
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