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SALVADOR

Adalgisa Santana se diz a maior fã de Roberto Carlos em Salvador

Fãs arrebatadas de Roberto Carlos existem aos montes, mas para Adalgisa é Deus no céu e RC na Terra

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06/11/2011 às 11:33 • Atualizada em 05/09/2022 às 18:18 - há XX semanas
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Fãs arrebatadas de Roberto Carlos existem aos montes. Nossas mães, tias, avós... Mas, pense rápido, você conhece alguma que tem um quarto em casa, todo montado e pintado de azul, somente para Robertão? Ou que comemora o aniversário do Rei com bolo de chocolate, parabéns e jantarzinho especial, concebido para agradar ao paladar real? Pois é, a promotora de vendas Adalgisa Santana, 53 anos, é assim. Para ela, é Deus no céu e RC na Terra. “Meu sentimento é de amor, tudo o que Roberto canta tem relação com uma parte de minha vida. É como uma trilha sonora”, revela, com um sorriso iluminado, sob o olhar amoroso do marido, o aposentado Carlos Santana, 55 anos.
Apaixonada por Roberto Carlos, Adalgisa tem um quarto para as relíquias do Rei que juntou a vida inteira
Paixão - Adalgisa divide há dez anos a espaçosa casa onde mora no bairro de Fazenda Grande 2 só com o marido, já que o casal não tem filhos. E ele jura que não tem ciúme dessa devoção da mulher. “Ele é um artista, está lá no lugar dele, e eu já conheci ela com essa paixão”, diz. Adalgisa não se faz de rogada e confessa: “Foi Roberto Carlos quem me deu meu marido”. Carlos confirma: “A vi numa reportagem, e, como já tínhamos nos conhecido em outra ocasião, consegui o telefone dela e aí começamos a sair”. Desde então, ele faz todas as vontades da amada.Da permissão complacente com a criação do quarto de Roberto, todo decorado com as relíquias preciosas que Adalgisa foi juntando a vida toda, ao financiamento (quando pode, claro) dos shows e viagens que ela faz para ver o ídolo. Somando os ingressos que ela própria pagou antes de conhecer o marido e os que ele lhe presenteou, Adalgisa já viu Roberto Carlos cantar ao vivo 14 vezes. “Vejo todos os shows dele de forma diferente. Quando ele entra no palco a gente para no tempo. Até que a ficha cai. A emoção é sempre diferente”, diz, embora assuma que saiba de cor todo o repertório. Cruzeiro - É nesse clima de parceria e respeito mútuo que esse ano Carlos fez uma surpresa para a esposa: vão juntos no cruzeiro-show que o cantor mais popular do Brasil faz no fim do ano pelo litoral brasileiro. Você não duvida que ela recebeu o presente com a cara da felicidade, né? “Ave Maria, não estou aguentando esperar”, revela. Carlos olha e sorri, contente com a reação da esposa. "Ela fica a semana inteira diferente depois de uma apresentação de Roberto Carlos, parece até que flutua de tão feliz", entrega. Antes, porém, como qualquer fã que se preze, Adalgisa vai aos dois shows que Roberto Carlos fará em Salvador, o do Teatro Castro Alves, no dia 18 (ingressos esgotados), e da Concha Acústica, no dia 19, pela turnê comemorativa dos 70 anos do Rei, iniciada em junho, dois meses após o encerramento da temporada de shows que marcaram os 50 anos de carreira dele. Para cada um ela preparou um figurino e um ritual diferente. Vai levar faixa para os dois, não se engane. A da Concha, bem maior, terá os dizeres “Parabéns, Roberto. Como é grande meu amor por você”. Com a do TCA, dobrável para não incomodar os outros, dirá, “Roberto Carlos para sempre no meu coração”. Rosas - O figurino já está sendo pensado faz tempo. Como o Teatro Castro Alves pede apuro estético, Adalgisa vai se sentar numa das cadeiras da fila Z1 vestindo terninho branco com blusa azul, as cores favoritas do Rei. Para a Concha Acústica, onde pretende chegar ao meio-dia, o clima é outro. Aí, a roupa é bem mais informal e confortável, porque ela quer mais é tentar tirar uma lasquinha do Rei. "Vou fazer de tudo para chegar perto. Meu sonho é dar um buquê de rosas para Roberto. Seria muito bom, não é? Imagine, ele, que nos deu rosas a vida inteira, receber flores de uma de nós", sonha ela, que esteve na vigília que ocorreu na casa do Rei, no Rio, no dia de seu aniversário, em 19 de abril passado, data também do enterro de Lady Laura. Bom, para falar a verdade, Adalgisa já chegou perto do ídolo. Foi numa apresentação feita na Bahia Marina, em 2001, durante a turnê do disco Amor Sem Limite, lançado depois da morte de Maria Rita, a última esposa do Rei. Pressão - Se esgueirando entre o público, se aproximou do palco e entregou uma faixa para ele que dizia: "Amor Sem Limite". Ele leu, dobrou com carinho, pegou uma rosa, beijou e entregou a ela. "Eu quase desmaiei", relembra. O efeito dessa rosa, na verdade, foi tão devastador que Adalgisa foi parar no hospital com oscilação de pressão arterial. "Fiquei tão emocionada que não me contive", diz, lembrando de outra história. Foi no início dos anos 90, quando ainda atuava como comissária de menores e estava num show de Geraldo Azevedo na Concha Acústica do TCA. "Nem sabia onde ficava o Clube Costa Verde, mas fui aventurar sem ingresso. Conversei com o rapaz da portaria e, de repente, alguém me deixou entrar. Comecei a chorar imediatamente. O bom é que consegui um lugar pertinho dele", confessa, revelando o tamanho do seu amor.

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