Advogado da família de idosa morta na Pituba comenta caso

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O caso do atropelamento da idosa Cleonice Barreto de Souza, de 67 anos, ocorrido na manhã do último domingo, na Pituba, foi apresentado pela polícia na tarde desta terça-feira (27). No final da tarde de ontem, o estudante Rodrigo Valentim, 22 anos, foi preso em flagrante por perseguição e conduzido ao Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa, onde prestou esclarecimentos à delegada Marta Carine (DHPP) e ao titular da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), Marcelo Sansão, acompanhado de cinco advogados. Rodrigo Valentim, que é filho da prefeita de São Francisco do Conde, Rilza Valentim, foi autuado em flagrante por homicídio qualificado e continua detido. De acordo com a polícia, a numeração da placa do Hyundai i30 preto, que seguia em alta velocidade, na contramão, facilitou a localização do suspeito, que deixou o local sem prestar socorro à vítima.O corpo de Cleonice Barreto de Souza foi levado Itapetinga, no sudoeste da Bahia, cidade onde morava, nesta terça e sepultado no Cemitério Central. A idosa estava há dois meses em Salvador e foi atropelada enquanto fazia uma caminhada por volta das 6h do último domingo. Ela teve o corpo arremessado contra um poste e, segundo o delegado, teve diversos ossos quebrados. Contratado pela família da idosa, o advogado Daniel Keller – que também é responsável pelo caso dos irmãos Emanuel e Emanuelle, mortos em outubro do ano passado em um acidente envolvendo a médica Kátia Vargas, em Ondina –, afirmou ao iBahia que a acusação já solicitou o pedido de prisão preventiva. A decisão deve sair nesta quarta-feira (28). Ainda de acordo com Keller, caso seja acatado o pedido, o suspeito ficará preso por tempo indeterminado e o processo correrá mais rapidamente. Até o momento, quatro testemunhas foram ouvidas; duas delas estavam presentes no momento do acidente. Registros de câmeras de segurança de outros estabelecimentos comerciais da região, além da do supermercado Redemix, flagraram o momento em que a idosa é atingida pelo veículo e foram encaminhados à polícia. De acordo com o advogado, não há risco de o caso ser encaminhado a outra delegacia que não 1ª Delegacia de Homicídios. “Acho muito difícil, o caso está sendo encarado como homicídio doloso, e não como um crime de trânsito”, explicou. Ele disse ainda que a polícia encontrou uma garrafa de vodka no carro de Rodrigo; em depoimento, o suspeito negou que estivesse embriagado, mas admitiu voltar de uma festa.