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SALVADOR

"Ainda tentei frear", diz advogado envolvido em morte de jovem

Roberto João Starteri Filho, 38, negou ter bebido na madrugada do último sábado (8)

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12/11/2014 às 16:33 • Atualizada em 27/08/2022 às 6:23 - há XX semanas
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O advogado Roberto João Starteri Filho, 38, envolvido no acidente que matou o publicitário Daniel Prata, 28, negou ter bebido na madrugada do último sábado (8). "Eu vinha trafegando na avenida ACM, na via principal, e Daniel vinha na perpendicular.O sinal estava verde para mim e Daniel ultrapassou o sinal, no vermelho para ele. Ainda tentei frear, não houve o tempo e houve a colisão, resultando, infelizmente, na morte dele e no processo para mim", detalhou durante entrevista coletiva organizada pela defesa na manhã desta quarta-feira (12). Roberto teve a prisão preventiva revogada e foi solto no início da noite da terça-feira (11), com determinação de fiança em R$ 3.620. Além da morte de Daniel, o acidente deixou a médica Luciana Tavares Lucetti, 35 anos, em estado grave. “A paciente sofreu múltiplos traumas e foi submetida a procedimentos cirúrgicos”, informou a nota divulgada pelo Hospital São Rafael na segunda-feira (10), após a transferência da médica do Hospital Geral do Estado. Starteri se recusou a comentar sobre se tinha ido a uma festa em uma casa de shows no Rio Vermelho antes do acidente. Amigos de Daniel informaram durante o sepultamento, realizado no domingo (9), que na noite do acidente o publicitário havia saído da casa noturna Zen, no Rio Vermelho, mesmo local em que o advogado fora expulso por seguranças da casa. Funcionários da boate relataram que Roberto estava bastante alterado. “Ele estava muito bêbado, procurando confusão, tirando a camisa e jogando ela para cima”, contou um funcionário. Segundo a decisão assinada pelo juiz Roberto Luís Coelho dos Santos, da 16ª Vara Criminal, no auto de prisão em flagrante, consta que o advogado foi preso pelos artigos 302, 303 e 306 do Código de Trânsito Brasileiro. Os artigos se referem a “praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor” (Art. 302), “praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor” (303) e “conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência” (306).
Familiares de Roberto João, no entanto, apontam Daniel como responsável pela colisão. A vítima teria invadido o sinal vermelho."Ele (Roberto João) podia estar morto se não estivesse com o cinto de segurança. O cara também estava bebendo. Ele sai imprudentemente e cruza na frente do carro", disse um familiar, que preferiu o anonimato.SolturaRoberto estava preso desde a madrugada em que o acidente ocorreu. Segundo Sérgio Habib, advogado de Roberto, o professor comprovou que tem residência fixa e vínculo de trabalho e afirmou que o ocorrido não foi provocado por ele e se configura como uma fatalidade.“Ele não teve culpa em nada, vamos provar isso com informações do radar e das filmagens das câmeras. Ele estava em uma via preferencial e foi o motorista do outro carro quem cortou a pista. O sinal estava verde para Roberto”, declarou o advogado.A família de Daniel afirma que o acidente foi provocado por Roberto, que teria avançado sinal vermelho e atingido o carro do publicitário.“Vamos tentar comprovar que foi uma batida criminosa e que ele estava embriagado”, afirmou Bruno Nova, advogado da família de Daniel.Matéria Original Correio 24h: "Ainda tentei frear", diz advogado envolvido em morte de publicitário

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