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O advogado Roberto João Starteri Filho, 38, envolvido no acidente que matou o publicitário Daniel Prata, 28, negou ter bebido na madrugada do último sábado (8). "Eu vinha trafegando na avenida ACM, na via principal, e Daniel vinha na perpendicular.O sinal estava verde para mim e Daniel ultrapassou o sinal, no vermelho para ele. Ainda tentei frear, não houve o tempo e houve a colisão, resultando, infelizmente, na morte dele e no processo para mim", detalhou durante entrevista coletiva organizada pela defesa na manhã desta quarta-feira (12). Roberto teve a prisão preventiva revogada e foi solto no início da noite da terça-feira (11), com determinação de fiança em R$ 3.620. Além da morte de Daniel, o acidente deixou a médica Luciana Tavares Lucetti, 35 anos, em estado grave. “A paciente sofreu múltiplos traumas e foi submetida a procedimentos cirúrgicos”, informou a nota divulgada pelo Hospital São Rafael na segunda-feira (10), após a transferência da médica do Hospital Geral do Estado. Starteri se recusou a comentar sobre se tinha ido a uma festa em uma casa de shows no Rio Vermelho antes do acidente. Amigos de Daniel informaram durante o sepultamento, realizado no domingo (9), que na noite do acidente o publicitário havia saído da casa noturna Zen, no Rio Vermelho, mesmo local em que o advogado fora expulso por seguranças da casa. Funcionários da boate relataram que Roberto estava bastante alterado. “Ele estava muito bêbado, procurando confusão, tirando a camisa e jogando ela para cima”, contou um funcionário. Segundo a decisão assinada pelo juiz Roberto Luís Coelho dos Santos, da 16ª Vara Criminal, no auto de prisão em flagrante, consta que o advogado foi preso pelos artigos 302, 303 e 306 do Código de Trânsito Brasileiro. Os artigos se referem a “praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor” (Art. 302), “praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor” (303) e “conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência” (306).
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Familiares de Roberto João, no entanto, apontam Daniel como responsável pela colisão. A vítima teria invadido o sinal vermelho."Ele (Roberto João) podia estar morto se não estivesse com o cinto de segurança. O cara também estava bebendo. Ele sai imprudentemente e cruza na frente do carro", disse um familiar, que preferiu o anonimato.SolturaRoberto estava preso desde a madrugada em que o acidente ocorreu. Segundo Sérgio Habib, advogado de Roberto, o professor comprovou que tem residência fixa e vínculo de trabalho e afirmou que o ocorrido não foi provocado por ele e se configura como uma fatalidade.“Ele não teve culpa em nada, vamos provar isso com informações do radar e das filmagens das câmeras. Ele estava em uma via preferencial e foi o motorista do outro carro quem cortou a pista. O sinal estava verde para Roberto”, declarou o advogado.A família de Daniel afirma que o acidente foi provocado por Roberto, que teria avançado sinal vermelho e atingido o carro do publicitário.“Vamos tentar comprovar que foi uma batida criminosa e que ele estava embriagado”, afirmou Bruno Nova, advogado da família de Daniel.Matéria Original Correio 24h:
"Ainda tentei frear", diz advogado envolvido em morte de publicitário