Após a denúncia de familiares de um paciente que estava internado no Hospital Roberto Santos em matéria que foi veiculada no jornal Correio* desta terça-feira (3), a instituição enviou nota à imprensa explicando a situação. Segundo a direção da unidade, o banheiro serve exatamente para a lavagem dos corpos que estão com resíduos de sangue ou demais resíduos, antes de serem levados ao necrotério. O hospital ainda lamentou que pacientes e acompanhantes tivessem presenciado o corpo no banheiro. Ainda segundo a nota, a estrutura não seria suficiente. "O hospital registra superlotação na Emergência Adulto devido à demanda altíssima decorrente, entre outros fatores, da falta de uma assistência básica eficiente, e pelo fato de o HGRS funcionar em regime “porta aberta”, embora o perfil deste Hospital seja o de emergência para casos de alta complexidade. O secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas Pinto, tem dispensado atenção especial ao HGRS, que será um dos primeiros hospitais baianos a receber equipamentos da Parceria Público-Privada de Imagem para exames de alta complexidade, como tomografia, ressonância magnética, ecocardiografia e outras. A Emergência Adulto, que é a mais demandada, conta com uma estrutura própria, inclusive Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com 15 leitos, e a Unidade de Acidente Vascular Cerebral (UAVC) com 14 leitos. De acordo com as normas do Acolhimento Com Classificação de Risco, praticado pelo Hospital Geral Roberto Santos e outros grandes hospitais de urgência e emergência, os pacientes são atendidos e acomodados em ambientes de acordo com a menor ou maior gravidade do quadro que apresentam. São 30 leitos nas Sala Verde e Sala Amarela, enfermarias para pacientes com quadro de menor gravidade (verde) e média gravidade (amarela), e 4 leitos na Sala Vermelha, para os de maior gravidade. Há leitos extras para as Salas Verde e Amarela. A Sala de Medicação, para pacientes em observação, conta com 21 poltronas e 13 cadeiras", disse a nota.
Na matéria, um familiar de seus Jarbas*, de 67, contou que teve uma surpresa ao levar o idoso para o banho. “Tinha um paciente morto!”, contou Ana*, a parente do idoso. Do lado esquerdo da entrada, sobre uma maca, havia um cadáver, coberto com um lençol descartável. E essa não foi a única vez que seu Jarbas teve que se limpar com o corpo como companhia. “Hoje (ontem) de manhã foi a mesma coisa”, desabafou Ana*. O sanitário é usado por muitos dos pacientes internados improvisadamente nos corredores. O aposentado Pedro Santos Mota, 61, viu a mesma cena ao levar a irmã, uma dona de casa com um tumor na cabeça, para tomar banho.“Isso, claro, põe em risco o próprio paciente, a depender da condição em que a pessoa veio a falecer. Além do desrespeito com o próprio indivíduo que faleceu”, pontuou o presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), Francisco Magalhães. Apesar de o sindicato ter feito já uma série de denúncias sobre a situação do hospital, recebeu o relato com surpresa.
Segundo a direção da unidade, o banheiro serve exatamente para a lavagem dos corpos que estão com resíduos de sangue ou demais resíduos |
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