O
argentino Horácio Fidel Lopez, 58 anos, estava de costas quando foi baleado quatro vezes dentro do próprio estabelecimento, na região do Porto da Barra, na noite desta quarta-feira (5). Segundo informações da Polícia Civil, o comerciante estava sentado em uma das mesas, de costas para a rua, quando um suspeito entrou a pé e fez os disparos. Horácio foi atingido na cabeça e braço direito. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas morreu antes de receber atendimento médico. O crime aconteceu por volta das 21h, dentro Churrascaria Carne na Brasa, que fica na avenida Sete de Setembro, próximo ao forte de Santa Maria, ao lado do Hotel Sol Brilhante. Uma equipe da 11ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Barra) chegou a ir até o local do crime, mas não localizou o suspeito. Ainda de acordo com a Polícia Civil, o estabelecimento possuía câmeras de segurança, mas ainda não estavam funcionando. No local foram coletadas cápsulas de uma arma calibre 40, que foram encaminhadas para perícia. A polícia investiga o que pode ter motivado o crime, já que o argentino era considerado uma pessoa tranquila pelos funcionários e por outros comerciantes locais. "Era uma pessoa maravilhosa", comentou um dos três funcionários, que voltou hoje ao local do crime e estava muito abalado. Segundo os funcionários, a família do argentino está vindo ao Brasil. Horácio atuava como comerciante no estabelecimento havia 10 anos. Durante o dia, funcionava como estacionamento privativo e, pela noite, ele colocava mesas e cadeiras na área externa para servir comidas e bebidas. Ainda de acordo com os funcionários, a churrascaria começou a funcionar há 15 dias."Estive com ele há dois dias atrás. Passei, vi o restaurante e quis conhecer. Fiquei chocado quando soube da notícia", conta Geraldo Pinto, comerciante local. Ele também esteve hoje no estabelecimento e depositou flores para o colega.Trabalhadores ambulantes que atuam na região também ficaram comovidos com o crime. "É triste. Como pessoa, ele significava muito para a gente. Vai fazer falta", lamentou Antônio Souza. "Ele era uma ótima pessoa. Sempre tratou a gente bem. Nunca vamos vimos ele discutindo com ninguém. Era uma pessoa tranquila. Calma", disse Tânia Ribeiro. Os dois guardavam diariamente a guia no estacionamento do argentino. O caso está sendo investigado pela delegada Andreia Ribeiro, da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).