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SALVADOR

Artistas realizam performances pelas ruas do bairro de Cajazeiras

"Entendemos que aqui pode ser outro ponto de produção cultural, mas que não tem visibilidade e a intenção é ajudar a mudar isso"

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14/01/2016 às 16:16 • Atualizada em 29/08/2022 às 10:30 - há XX semanas
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Quem passou ontem pela praça de Fazenda Grande II, no bairro de Cajazeiras, se deparou com uma demonstração de como a arte pode se relacionar com o cotidiano. É que as performers Olga Lamas e Raiça Bomfim iniciaram o projeto Silêncios Embaixo D’Água, que segue até o dia 22, em ruas e em uma residência da região.Contemplada pelo edital Arte Todo Dia - Ano II, da Fundação Gregório de Mattos (FGM), a iniciativa nasceu da vontade das artistas em produzir arte em Salvador. “Ano passado, decidimos investir numa dupla para produzir as nossas apresentações e nos inscrevemos no edital”, explicou Olga.
(Foto: Arisson Marinho/Correio)
A ideia foi unir duas performances de cada uma e apresentá-las na rua, desterritorializando a produção artística. Com isso, foram escolhidos os solos Sagração e Sirva-se, interpretados por Olga, e Cidade Afogada e Segundo Estudo para Ofélia Blue, por Raiça. Ontem, as duas começaram com Sagração, que teve início às 15h, e Cidade Afogada, que estreou às 17h.A escolha de Cajazeiras como palco não foi à toa. No ano passado, as duas desenvolveram um projeto de residência chamado Histórias Sobre Rocha, com 15 pessoas. “Entendemos que aqui pode ser outro ponto de produção cultural, mas que não tem visibilidade e a intenção é ajudar a mudar isso”, afirmou.As reações das pessoas àquelas mulheres representando no meio da rua variou do engraçado ao absurdo. “Desde uma menininha que quando me viu começou a chorar a uma senhora que achou que eu estava paquerando o dono de uma loja”, contou Olga.A expressão de estranheza também tomou o semblante do motorista Luiz Carlos, 39 anos. Morador da Fazenda Grande III, ele parou para comprar um abará na praça e de repente viu Raiça toda vestida de azul. “É curioso, não é?”, questionou.Depois de alguns minutos, a expressão foi ficando mais amena e Luiz aprovou a apresentação. “Isso é importante para a comunidade. Porque são em momentos assim que algumas pessoas se sentem incentivadas a fazer algo igual”, avaliou.O artista Fábio Pinheiro, 45 anos, morador do final de linha de Fazenda Grande II, estava se sentindo em casa. Sentado no gramado da praça, ele assistiu atentamente. “É uma coisa inesperada, está fora do nosso cotidiano. Mas é uma experiência muito bonita”, disse. Horário: Sexta-feira (15) Sagração (pelas ruas de Fazenda Grande II), às 15h, e Cidade Afogada (Rótula da Feirinha), às 17h. Dia 20 Sirva-se (Praça de Fazenda Grande II), às 17h, e Segundo Estudo para Ofélia Blue (em residência), às 20h. Dia 22 Sirva-se (Rótula da Feirinha), às 17h, e Segundo Estudo para Ofélia Blue (em residência), às 20h.
Correio24horas

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