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SALVADOR

Ataque que deixou nove baleados foi ação de quadrilha rival

Moradores dizem que a ação foi realizada por traficantes do Comando da Paz (CP) em área dominada pelos Caveiras

Redação iBahia • 03/04/2017 às 14:33 • Atualizada em 29/08/2022 às 3:11 - há XX semanas

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O ataque que deixou um morto e oito feridos na madruga desta segunda-feira no final de linha do Garcia, está relacionado à tentativa de uma facção de retomar o controle das bocas de fumo do bairro. Moradores disseram que a ação foi orquestrada pelo traficante Silas, o Pagode, ligado ao Comando da Paz (CP) e que atua na localidade conhecida como Forno, no Engenho Velho da Federação. Há cinco anos ele e seu bando foram expulsos pelo atual líder do tráfico do Garcia Vô, da facção Caveira.
A assessoria de comunicação da Polícia Civil informou que a investigação, realizada pela delegada Patrícia Brito aponta para um ataque de uma quadrilha rival e que até agora duas pessoas já foram ouvidas no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo as testemunhas, os bandidos chegaram em quatro carros. Cada veículo tinha quatro homens armados. No local, a perícia recolheu cápsulas de pistola 9mm.
De acordo com moradores, o ataque foi previsto. Há quase um mês, circulou um áudio no aplicativo Whatsapp em que traficantes do bando de Silas planejavam o feito da madrugada de segunda. “Eles diziam que iam retomar o controle das bocas daqui e que não iam perdoar ninguém. Dava para ouvir tiros. Mas ninguém acredita que isso pudesse acontecer, que ficaria só na ameaça’, contou uma moradora.
Segundo ela, há cinco anos, Silas era quem comandava o comércio de entorpecentes no Garcia. “Ele era um cara muito violento. Não respeita sequer os moradores. Todos tinham medo dele. Aqui era a única localidade que era CP. As regiões do entorno eram Caveira. Foi quando Vô veio da Gamboa de Baixo chegou e tomou o posto. Ele controla aqui e lá (Gamboa de Baixo)”, disse a moradora.
A fonte disse ainda que ao contrário de Silas, Vô tem um tratamento diferente com a comunidade – através de uma política assistencialista. “Ele ajuda quem precisa. Se alguém não tem dinheiro para comprar um gás, um remédio, um prato de comida, ele dá. Antes, a praça era um local onde todo mundo fumava maconha na praça, hoje, isso acabou. Acabou com os assaltos. Quem for pego roubando, toma um corretivo, incialmente”, contou.
Baleados
O crime aconteceu por volta de 0h40, na rua Prediliano Pitta em quatro veículos e começaram a atirar na área em que estava ocorrendo uma festa do tipo paredão de som. Entre os baleados, um adolescente de 16 anos que foi atropelado por um dos carros usados na ação.
As vítimas feridas foram baleadas principalmente nos pés e nas pernas. Além do adolescente, Mateus foi atingido no tórax, na perna e no antebraço, o que faz a polícia acreditar que ele era o alvo dos bandidos. Além de Mateus, os demais feridos também foram conduzidos para o HGE. Estes chegaram na unidade médica por meios próprios. Apenas um homem em situação de rua, também baleado, foi conduzido pelo serviço de atendimento móvel de urgência (samu).

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