Já no primeiro bloco um tema recorrente nos debates televisionados desta eleição retornou: as críticas ao prefeito João Henrique, que encerra agora oito anos de gestão de Salvador. Mário Kertész disse que a cidade vive um dos "maiores caos que a gente já viu" e Pelegrino disse que a sensação é de que não existe prefeito na capital baiana. O peemedebista voltou a afirmar que tanto Pelegrino quanto Neto apoiaram João em diferentes momentos e prometeu unir a cidade, outro mote de sua campanha.Também no primeiro bloco o candidato Da Luz voltou a falar sobre sua proposta de trazer a Salvador o aerotrilho, modal mais barato e eficiente para a cidade, segundo ele. Hamilton Assis também reforçou sua proposta de lutar contra as "máfias", como a do lixo que dominam a cidade e prejudicam o interesse público.No segundo bloco, os candidatos tiveram a liberdade de escolher os temas que gostariam de discutir. ACM Neto perguntou a Márcio Marinho os planos para a área social e criticou o atual governo, que teria deixado esse aspecto de lado. Ele se comprometeu a fazer um recadastramento da Bolsa Família, por perceber que muitos se queixaram de perder o benefício por problemas no cadastramento.As críticas a João Henrique voltaram. Pelegrino atacou o atual prefeito por não conseguir recursos para a cidade e Kertész o chamou de "incompente" e "autista", falando ainda da possibilidade de JH voltar a ser candidato em 2014, dessa vez a governador. "Vade retro!".O terceiro bloco colocou em discussão o plano diretor da cidade, um assunto que tem gerado polêmica. Para Kertész, o plano deve ser feito "sem preconceito" e tanto ambientalistas quanto empresários devem ser ouvidos. Pelegrino, criticando a maneira como o atual plano foi aprovado, "na calada da noite", prometeu transparência em seu trato com a questão.Neste bloco, o candidato ACM Neto atacou o governo estadual, que teria abandonado a educação. "Eu vou valorizar os professores. Eu não vou prometer uma coisa na campanha e depois de eleito não fazer. Se eu for prefeito, não vai ter greve de 115 dias, como fez o PT", acusou.
Os líderes de intenções de voto Nelson Pelegrino e ACM Neto protagonizaram um confronto mais acalorado no quarto bloco, quando o candidato do DEM perguntou ao petista como ele avaliava sua "falha" como secretário de Justiça do governo Wagner. Pelegrino disse que sua gestão foi bem avaliada. "Ao contrário do senhor, tenho experiência", disse. "Manei para presídios federais 14 dos principais líderes das principais facções criminosas do estado. Não demos mole para bandido", se defendeu. Neto atacou o PT, que chamou de partido "da violência". "O PT da propaganda é um. O PT da vida é outro", disse.
Ainda neste bloco, Hamilton acusou os prefeituráveis de receberem financiamentos de empresas que têm interesses que fogem aos da população. Kertész disse que todos têm financiamento, mas que o prefeito "tem que saber separar" e que ninguém está "vendido" para empreiteiros, como insinuou o candidato do PSOL.
O último bloco foi dedicado às considerações finais. Marinho afirmou que sua prioridade como prefeito será o povo. Pelegrino disse estar tranquilo na reta final e prometeu trazer para Salvador os avanços feitos no país por Lula e Dilma e na Bahia por Jaques Wagner. Hamilton Assis voltou a falar sobre a necessidade de combater as máfias da cidade e tornar Salvador uma cidade que possa "gerir seu destino". Kertész novamente insistiu na necessidade da capital baiana ter um prefeito experiente, que possa "circular bem nos meios políticos, conseguir os recursos necessários".
Neto disse que tem a força do povo para enfrentar ataques que recebe de outros candidatos e declarou que não pretende dividir Salvador, e sim trabalhar para devolver "o respeito e brilho a essa cidade e ao povo". Por fim, Da Luz lembrou que as pesquisas podem falhar, e o que importa é a eleição, pedindo o voto dos eleitores e brincando com os outros candidatos. "Salvador tem jeito. Chame Mário para a rádio, os três deputados para Brasília, Hamilton para a resistência e eu para prefeito", concluiu. Perguntado se governaria sem apoio, Hamilton disse que não ficaria só no poder, mas criticou a postura de Kertész de querer ser uma junção entre PT e DEM. "Acho que vai dar na mesma coisa que deu João Henrique, que uma hora estava com o PT, outra com o DEM...". Mais adiante no debate, ele caracterizou de "chantagem" dizer que é preciso fazer parcerias. Matéria original do CorreioAtaques a João Henrique e confrontos marcam último debate antes de eleição
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