Briga de trânsito: Em depoimento, homem diz que tinha emprestado carro a amigo

O dono do veículo utilizado no homicídio do auxiliar de barbearia Romildo Ferreira de Jesus no início do mês prestou depoimento, nesta terça-feira (16), no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo a delegada responsável pelas investigações do caso, Maria Andrade, ele alegou que na data do assassinato, havia emprestado o carro a um amigo identificado apenas como Deivissson. "O dono do carro alegou que havia trocado de veículo com o amigo e ele ficou com um Cross Fox Vermelho que pertencia a Deivisson, e ele com seu Palio Cinza", explicou a delegada. Dias antes do homicídio, o dono do Palio chegou a ser detido por cerca de 24 horas porque o carro de Deivisson estava com uma placa clonada e o veículo foi apreendido. Segundo ele, o seu carro só foi devolvido no dia 6 de agosto, um dia depois do assassinato. Segundo a delegada, "ele afirmou que quando destrocou de carro com o amigo não tinha conhecimento do homicídio e somente dias depois, familiares e amigos que viram pela imprensa as características do Palio utilizado no homicídio o alertaram sobre o assunto". O proprietário do Palio cinza afirmou que não sabe o nome completo do amigo e nem onde ele mora, mas informou a polícia que costumava encontrá-lo no final de linha do Alto da Capelinha. A delegada alerta que quem conhecer Deivisson, proprietário do Cross Fox vermelho e que seja semelhanteàs descrições dadas pelas testemunhas liguem para o Disque Denúncia. "Testemunhas já tinham descartado a possibilidade do dono do veículo ser o autor dos disparos, mas ainda devemos investigar o álibi que foi fornecido à polícia por ele, porque ele pode ter participado indiretamente do homicídio", disse Maria Andrade. Outras pessoas ainda devem ser ouvidas nos próximos dias e a polícia trabalha no retrato falado do atirador do auxiliar de barbearia. Briga de trânsitoO auxiliar de barbearia Romildo Ferreira de Jesus, de 29 anos, foi morto com dois tiros no rosto no dia 5 de agosto, depois de uma briga de trânsito no bairro de São Caetano. Romildo estava indo para o trabalho quando discutiu com o motorista do carro, um Palio cinza, e teria reclamado sobre a insistência no toque da buzina, durante congestionamento. Momentos depois, o veículo voltou para o local da discussão, em frente à barbearia onde Romildo trabalhava e disparou contra a vítima.