O corpo do sargento da Polícia Militar Aldo Carvalho Santos, 46 anos, foi enterrado na tarde desta quarta-feira (18) no cemitério Bosque da Paz, em Salvador. Ele foi morto na noite desta terça-feira (17) em um assalto a uma farmácia no bairro da Pituba.
Bastante abalada, a mãe do policial lamentou muito a morte do filho. "Cadê os Direitos Humanos que não estão aqui? Todo mundo se cala, mas eu não sei por que perdi o maior tesouro da minha vida: meu filho", disse durante o enterro.
Estiveram presentes no velório mais de 400 pessoas, incluindo policiais de diferentes grupamentos. A cerimônia contou ainda com guarda fúnebre e salva de tiros.
O presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Bahia (APPM), sargento Roque Santos, também lamentou a perda de mais um colega -- é o quarto policial morto na Bahia em apenas 17 dias. "Lamentamos as mortes e chamamos a atenção dos Direitos Humanos, da OAB [Ordem dos Advogados do Brasil], Assembleia Legislativa, porque os soldados estão pagando com a vida. Precisamos de uma nova filosofia de segurança pública", afirmou.
O sargento Aldo Santos trabalhou na PM durante 25 anos, era casado e tinha um filho, também policial militar, e um neto.
Boatos no WhatsApp
O comandante da 13ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Pituba) negou os boatos que estavam circulando pelo aplicativo WhatsApp de que que bandidos estavam se reunindo para matar policiais.
O sargento Roque Santos, no entanto, recomendou aos colegas que redobrem o cuidado diante dos episódios de violência contra policiais. Ele disse ainda que essas mortes podem, de alguma forma, ter sido estimuladas por esse tipo de informação.
O crime
O sargento Aldo Carvalho Santos foi morto na noite desta terça-feira (17) na Pituba. Segundo informações da Polícia Militar, o crime aconteceu durante um assalto à farmácia Drogasil, na Avenida Manoel Dias da Silva. Cinco homens participaram da ação e o sargento foi baleado na saída da loja, já no estacionamento.
Ele foi socorrido por colegas de corporação ao Hospital da Bahia, também na Pituba, chegou a ser reanimado, mas não resistiu aos ferimentos. A PM confirmou a morte pouco antes das 20h, mas depois informou que ele ainda estava vivo. A morte do sargento foi confirmada pela SSP às 20h50, informação também confirmada pela PM.
Em nota de pesar, a corporação detalhou o perfil do servidor. "O sargento Aldo era figura querida entre os colegas da Corporação, a qual servia há mais de 25 anos, e já se preparava para ingressar na inatividade. Deixa esposa, um filho e um neto", diz o comunicado.
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Redação iBahia
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