O corpo da atendente Andréia Lubarino Santana, 36 anos, que tinha sido trocado durante o translado feito pela empresa Gollog, serviço de cargas da companhia aérea Gol, com o corpo do idoso natural de Lajedo (PE), Luis Sobral Silva, 88, enfim pôde ser sepultado, ontem, no cemitério de Quinta dos Lázaros.
De acordo com a cunhada de Andréia, Iramar Oliveira da Silva, 43, o caixão com o corpo correto chegou a Salvador por volta das 18h20 de sexta-feira. “Chegamos no aeroporto às 17h. O voo chegou às 18h20, mas só conseguimos sair de lá bem depois”, reclamou.
Segundo ela, a Gol demorou a providenciar um carro apropriado que pudesse levar o caixão e eles só conseguiram sair do aeroporto por volta das 19h30. “Um absurdo passarmos por isso em um momento como esse. O translado foi pago corretamente e eles trocaram as pessoas. O pai dela já estava muito sentido com a forma como ela faleceu e ficou ainda pior depois de toda essa confusão”, disse, se referindo ao pai de Andréia, José de Santana, 72.
O enterro, que tinha sido programado para ocorrer anteontem, só pôde acontecer ontem de manhã. Por isso, alguns familiares e amigos não puderam participar do velório. “Muita gente precisou ir embora. Gente de Canudos e Euclides da Cunha, que tinha trabalho e não pôde ficar para o último adeus”, relatou Iramar.
Segundo a cunhada da atendente, a família, no momento, não pensa em entrar com ação contra a Gol. “Vamos esperar esse período passar. Eles disseram que iriam manter contato conosco, então vamos esperar por esse contato. Isso foi um prejuízo não só para nós, foi coletivo”, afirmou.
Andréia estava internada desde janeiro no Instituto Nacional do Câncer, em São Paulo, para o tratamento de leucemia e morreu na quinta-feira. O idoso Luis Sobral, vítima de pneumonia, foi enterrado ontem em Lajedo (PE).
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| (Foto: Betto Jr./ CORREIO) |
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