Corpo de homem executado na Barra permanece no IML

O corpo do corretor de imóveis Carlos Antônio Vasconcelos Moreira, 34 anos, conhecido como Tony de Corina, morto com dez tiros, por volta das 17h30 de ontem, no bairro da Barra, permanece no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues. A data e o local do sepultamento ainda não foram informados pelos familiares, que aguardam a liberação do corpo ainda nesta sexta-feira (8).Ele foi morto em frente ao edifício Itaoca, onde morava, localizado na rua Florianópolis, na Barra. Segundo testemunhas, dois homens em uma moto efetuaram os disparos que atingiram a vítima na cabeça, tórax e braço. À polícia, a família de Tony contou que o rapaz teria saído de casa para sacar dinheiro. Ao retornar, foi perseguido pelos criminosos e morto. Uma testemunha, porém, afirmou que a vítima foi morta logo depois de sair do prédio. “Assim que ele saiu do edifício, só ouvi os ‘pipocos’. Quando saí para ver, ele já estava no chão e os caras montando na moto”, relata. O delegado Alex Gabriel, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), trabalha com a hipótese de execução. “Pelas características do crime, tudo leva a crer que essa seja a linha de investigação, mas ainda não podemos confirmar”, disse ele. O crime, numa das regiões mais nobres da cidade, espantou a vizinhança. “Nunca vimos uma coisa dessas aqui. Quem passa nesse local são apenas pessoas que moram ou alguém que vem entregar alguma coisa. É uma rua tranquila, sem saída. Quem não tem garagem deixa seus carros do lado de fora. Ninguém nunca foi incomodado”, contou Ângela Rebouças, economista que morou muitas anos no prédio vizinho ao de Tony, e ontem chegava para visitar a mãe, quando viu a movimentação. “Vi os carros da polícia e achei inusitado. O fato chocou a todos”, afirmou. No site do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), um processo mostra o envolvimento de Carlos Antônio Vasconcelos Moreira em crimes. Em 2008, ele foi preso em flagrante por tráfico de drogas em uma praça em Cachoeira, a 110 quilômetros de Salvador, junto com José Jorge Fernandes de Jesus. No site de relacionamentos Orkut, um perfil de Tony de Corina - nome usado por Carlos no Orkut, segundo a própria família - expõe um texto de apresentação que garante “mostrar a verdadeira face de Tony” e pede justiça. Após acusar Tony de agredir a ex-mulher, o texto afirma que ele tem relação com um policial militar conhecido como Jorge Cabeça e orienta a consultar a ficha criminal da vítima no site do TJ. O perfil também apresenta fotos de Tony.