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Depois de polêmica, dramaturga apaga comentário sobre oficina para deficientes

Aninha Franco foi acusada de discriminação pelos internautas e comentou a situação

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12/03/2012 às 18:30 • Atualizada em 05/09/2022 às 8:49 - há XX semanas
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Diante da repercussão gerada por uma postagem sobre a oficina de palhaços para adultos com deficiência mental, a diretora de teatro, Aninha Franco, apagou todos os comentários da sua página do Facebook. Assim que o post começou a ser compartilhado na rede, diversos internautas acusaram a dramaturga e colunista de ter discriminado os portadores de necessidades especiais e de ter desrespeitado os palhaços. Na tarde de ontem, o iBahia publicou as discussões polêmicas em torno do caso.
Laili Flórez e Aninha Franco divergiram sobre oficina de palhaços para adultos com deficiência
No começo da tarde desta segunda-feira (12), ela comentou a exclusão da postagem. "Publiquei o release de uma Oficina Para Palhaços Para Deficientes Físicos no Mural, e discuti sua premiação via os Editais da Secult. Não tenho nada contra a Oficina, nada contra seus idealizadores e sempre discuti o que se diz sobre a deficiência intelectual. Vejo a Loucura como um outro lugar. Mas acho que a premiação, louvável, deveria ser aplicada pela área de Saúde, que tem muito mais dinheiro do que a área de Cultura, que parece não ter dinheiro para nada", escreveu.
Diretora excluiu o post com os comentários sobre a Oficina de Palhaços; abaixo, ela comentou o episódio
Entenda o casoAntes de publicar o release, a diretora havia postado em seu mural do Facebook: "É de verdade. Não é piada". Logo em seguida, soltou o verbo: "Deve ser oficina para políticos. Os eficientes da cultura estão sem trabalho. A cultura assumiu os palhaços com deficiência intelectual". Completando a discussão, ela falou sobre o edital e a oficina. "Que objetivo pode ter a destruição da cultura? Só deficientes intelectuais são capazes de tal coisa. A palhaçada é exclusiva dos Editais do Fundo de Cultura da Bahia.A Funarte, por enquanto, não tem nada a ver com ela", falou. Ela preferiu não responder as acusações de discriminação e voltou a questionar somente caráter do projeto: "Uma Oficina Para Palhaços é Arte. Uma Oficina Para Palhaços Para Deficientes Mentais é Saúde". Em resposta, as organizadoras e professoras da oficina, Laili Flórez, palhaça, pesquisadora e professora, e Renata Berenstein, atriz, psicóloga e também palhaça, defenderam o projeto e ressaltaram a necessidade de enfrentamento ao preconceito contra os deficientes: "A figura do palhaço foi tratada de forma pejorativa e a pessoa deficiente intelectual foi claramente comparada com os políticos de nossa cidade. A senhora deveria tomar os devidos cuidados e pronunciar-se de forma mais ética a respeito do palhaço e da deficiência e entender de uma vez por todas que atitudes que compartilhem cultura, arte e/ou palhaçaria à pessoa deficiente não representam uma afronta às políticas públicas em cultura, nem descaso com a classe artística, mas uma oportunidade de democratizar, incluir e valorizar a diferença".

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