A doceira Pedrina Guimarães Brito, 65 anos, teve a prisão preventiva solicitada e todos os bens bloqueados pela Justiça, na última quarta-feira, após ser identificada pela Polícia Civil como a principal responsável por aplicar um golpe de R$ 320 mil contra a idosa Joselita Ramos Pereira, 84.
O marido de Pedrina, Raimundo de Brito Costa Filho, e o gerente do banco onde a idosa possui conta, Ranielli da Silva Santos, são considerados cúmplices do crime e também foram indiciados. Segundo o delegado Nilton Costa, da Delegacia Especial de Atendimento ao Idoso, o golpe foi aplicado por 12 meses, quando Pedrina passou a ter acesso a cartões bancários e senhas da idosa, que não tem filhos nem parentes em Salvador.
“Ela (Pedrina) foi ganhando a confiança da vítima. Usou o pretexto de que, por ser idosa, seria arriscado a vítima efetuar transações bancárias só. Com isso, teve acesso as senhas e, aos poucos, roubou todo o dinheiro da poupança de dona Joselita, que recebe pensão mensal de R$ 20 mil”, explicou Costa.
Amigas há 15 anos, Pedrina conheceu Joselita quando a vítima ainda morava no Bonfim e encomendava bolos à doceira. Ao tomar conhecimento da pensão, Pedrina convenceu a vítima a alugar um quarto e sala de sua propriedade, no Itaigara. A mudança, segundo o delegado, aconteceu há oito meses e foi planejada pela acusada para facilitar o golpe.
“Com o dinheiro que roubou da poupança, ela fez viagens e conheceu a Europa com o esposo. Quando o dinheiro acabou, ela levou a vítima até a agência bancária, na Avenida Garibaldi, e transferiu a conta para uma agência no Itaigara. Lá, disse para a idosa que iria fazer um plano de previdência, quando na verdade fez empréstimo de R$ 154 mil, sendo que R$ 126 mil foram transferidos imediatamente para a conta dela e do marido”, diz Costa.
Desconfiada, a cuidadora de dona Joselita alertou sobre o possível golpe. As duas voltaram na agência, onde confirmaram os empréstimos. Em seguida, foram até a delegacia. Ao tomar conhecimento da queixa, segundo o delegado, Pedrina e o marido ameaçaram a idosa com uma faca e a expulsaram do imóvel.
“Quem socorreu foi a cuidadora. Joselita agora está em um local sigiloso”, contou Costa. Para se livrar da acusação de roubo, a doceira contratou uma advogada alegando que faria um depósito em juízo, transação feita quando o credor não aceita receber o dinheiro pago pelo devedor.
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