|
---|
Quem ficou parado por longas horas no congestionamento da última quarta-feira em Salvador, por conta do início da fiscalização da via exclusiva para ônibus, realizada pela Transalvador, teve uma amostra do que a cidade pode se transformar, dentro de pouco tempo. Um trânsito caótico, com vias paradas e motoristas à beira de um ataque de nervos. A Transalvador deu várias explicações para o caso, mas a situação não é pontual. A cada dia está mais difícil de trafegar na capital baiana. Quem tem coragem arrisca trocar o carro por uma moto, porém, em breve, a exemplo de São Paulo, corremos o risco de enfrentarmos engarrafamentos também em duas rodas. A cidade incha dia após dia. Ainda há muitos empreendimentos a serem inaugurados. Imagine o que será daquela região do Iguatemi ou da Paralela, quando todos os prédios e condomínios que estão em construção forem entregues? O caos instalado. Com isso, cresce também a taxa de estresse dos motoristas, os riscos de doenças, a violência ao volante, enfim, a desordem urbana, que reflete diretamente no corpo e na mente das pessoas. Caso estivéssemos em uma cidade planejada, certamente o trânsito seria outro. Mas, se mesmo em uma cidade planejada o trânsito fosse enlouquecido, poderíamos contar com meios de transporte descentes e vias de bicicletas para quem percorre distâncias menores. Ao contrário disso, temos ruas cheias de motoristas apressados em carros potentes que não conseguem sair do lugar. Com tudo isso, todos sofremos com a falta de educação de quem tenta tirar pequenas vantagens, ultrapassando da maneira errada, fechando os outros, dando roubadinhas e não respeitando os sinais. Consequências tristes... Vamos testando nossa resistência um dia após o outro. Qual será a saída?