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SALVADOR

'Ele caiu e as pessoas aproveitaram para linchá-lo'

Polícia busca possível atirador e vítima do assalto

• 11/12/2014 às 10:28 • Atualizada em 27/08/2022 às 3:42 - há XX semanas

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Um homem suspeito de roubar o celular de uma estudante dentro de um ônibus, na Avenida Bonocô, terminou baleado, atropelado e agredido por diversas pessoas no início da tarde da quarta-feira (10). Ele morreu quando era conduzido ao Hospital Geral do Estado (HGE) por uma viatura da 58ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Cosme de Farias). O suspeito sofreu diversas escoriações decorrentes das agressões feitas por populares, além de uma perfuração de bala que, supostamente, atingiu seu abdômen. De acordo com o subcomandante da 58ª CIPM, Edno Vieira, o suspeito tinha acabado de abordar uma jovem dentro do ônibus da empresa BTU, que faz a linha Cabula VI/ Sieiro. Ao tentar fugir com o celular da vítima, outra pessoa, que também não foi identificada, levantou-se e disparou contra o suspeito, ainda dentro do coletivo. O subcomandante explicou que, após ser baleado, o rapaz desceu do coletivo no ponto próximo ao Senai, no sentido Centro. Ao correr para a pista, acabou atropelado por outro ônibus que vinha logo atrás.

Ônibus foi alvejado depois de motorista "arrastar"
Versões Identificado como assaltante, o homem passou a ser agredido por diversas pessoas, ainda segundo a polícia. Um mototaxista que trabalha naquela região, mas que preferiu não ser identificado, contou que o homem foi agredido por moradores da região ao ser anunciado como ladrão. “Os moradores começaram a chutar e dar socos nele”, relatou o mototaxista. “Ele anunciou o assalto dentro do ônibus e roubou o celular de uma aluna do Senai da Bonocô. Quando ele foi fugir, alguém que estava em cima da passarela atirou. Nessa hora, ele caiu e um ônibus da empresa Cacique o atropelou. Ele ficou no chão e as pessoas aproveitaram para linchá-lo”, completou a testemunha. Um morador da região, que também preferiu não ter o nome revelado, contou que a pessoa que efetuou o disparo estava em cima de uma passarela. Ela não seria a mesma que, segundo a polícia, baleou o suspeito no ônibus.
orrer para a pista, acabou atropelado por outro ônibus que vinha logo atrás.

“A pessoa que atirou, provavelmente, correu pela Travessa Lúcia (rua que fica logo acima do incidente) para fugir. Existe uma divisão entre facções criminosas daqui que não aceita que outros bandidos venham assaltar pessoas dessa localidade”, detalhou o morador.Outra testemunha, que trabalha próximo ao local do ocorrido e preferiu o anonimato, também relatou a presença de um segundo atirador além do relatado pela polícia. “Antes de a polícia chegar, lá de cima da passarela, ele deu mais ou menos cinco tiros no rapaz, quando ele já estava caído. Eu não sei dizer se os tiros pegaram”, comentou, antes de afirmar que os assaltos na região são uma constante.O incidente causou um grande congestionamento na região, atrasando a chegada da polícia, que só chegou ao local 40 minutos depois. Motorista As versões sobre o incidente se multiplicam. Uma delas, do motorista do ônibus, exclui da cena do crime o atirador que teria reagido dentro do próprio coletivo da BTU.“Não teve assalto (no ônibus). Três pessoas estavam no ponto, quando eu parei para um senhor descer. Eu percebi a movimentação estranha dessas três pessoas e, logo depois, duas delas subiram no ônibus. Um passou pela catraca e o outro voltou e desceu”, afirmou o motorista, que também preferiu não se identificar, na sede do Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos (Gerrc).Ainda em seu depoimento ao delegado José Mário, o rodoviário contou que o homem que desceu do ônibus seria, justamente, o que acabou morto.O autor do disparo, segundo diz, foi o que continuou no ponto, após os dois adentrarem o coletivo. “O rapaz atirou no que ficou no ônibus e acertou a lataria. Nessa hora, eu arrastei o veículo e conduzi até a Delegacia dos Barris”. Segundo ele, ao chegar na unidade policial, o rapaz que permaneceu no ônibus quis saber o motivo da mudança no itinerário. “Quando eu disse que ia prestar queixa, ele pediu para que eu abrisse a porta e foi embora”, completou. Reconhecimento O corpo do suspeito foi encaminhado, na noite de ontem, para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), onde será feita perícia para identificar a causa da morte.O homem não portava nenhum documento e, além disso, as agressões deixaram seu rosto desfigurado, o que pode dificultar ainda mais o reconhecimento. Nenhum dos suspeitos havia sido identificado até a noite de ontem.A suposta vítima do assalto, relatada na versão da polícia, também não foi encontrada. O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Correio24horas

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