Dois dos elevadores utilizados para transportar corpos da sala de necrópsia para a geladeira do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IML) continuam sem funcionar. Um deles foi consertado nesta quinta-feira (8) e, segundo informou o Departamento de Polícia Técnica (DPT), por meio da assessoria, já está sendo utilizado para o transporte. Os outros dois equipamentos precisam de peças e, por enquanto, não têm previsão para voltar a operar. Na manhã desta sexta-feira (9), funcionários disseram que a rampa voltou a ser utilizada durante a madrugada e nas primeiras horas da manhã. Por conta do baixo movimento, a rampa não estaria sendo utilizada no momento. O DPT não confirmou a informação.
O CORREIO denunciou nesta quinta-feira que, durante quatro dias, os corpos foram transportados em carros-prancha através da rampa externa do Instituto, às vistas de familiares que foram ao local fazer a liberação de corpos. Consultada pelo CORREIO, a psicóloga especialista em situações de luto Daniela Lemos disse que a situação é desrespeitosa. "Você está ali muito sensível ao que está acontecendo e a qualquer hora pode ser o corpo de um familiar seu. É uma situação totalmente desrespeitosa com quem está ali, com o familiar e com certeza isso tem um impacto", disse. O DPT possui três elevadores que fazem o transporte dos corpos entre a geladeira e a sala de necropsia. De acordo com um funcionário da empresa Orona AMG, responsável pela manutenção, disse que já foi apresentada uma proposta para modernizar os equipamentos, que são muito antigos.
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Familiares de mortos e funcionários se queixaram da situação: "Constrangedor" (Foto: Bruno Wendel / CORREIO) |
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