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SALVADOR

Em Salvador, metade dos casais não oficializa a união

Pesquisa revele que morar junto é a opção de 49% das pessoas que têm compromisso

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28/04/2012 às 15:50 • Atualizada em 02/09/2022 às 12:05 - há XX semanas
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Nada de véu, grinalda, buquê, ternos, arranjos, padre ou muito menos o tal do papel passado. A maneira mais tradicional de casar está em baixa na Bahia. A ‘moda’ agora é morar junto. Dados do Censo 2010, divulgados ontem pelo IBGE, revelam que, na última década, o número de casamentos no religioso caiu. Enquanto isso, as uniões consensuais cresceram mais de 20%. Conforme o levantamento, dos baianos acima de 10 anos de idade que viviam em união conjugal no ano 2000, 37% moravam junto. Em 2010, o percentual subiu para 45%. Do outro lado, o número de casamentos realizados no civil e religioso caiu de 32% (2000) para 29% (2010). Salvador também segue na contramão do altar. Na capital baiana, quase metade das pessoas que viviam uma união conjugal em 2010 não oficializou o matrimônio. Enquanto que em 2000 o percentual era de 45%, dez anos depois ele subiu para 49%. No Brasil, as uniões consensuais também subiram. Mas a porcentagem ainda é menor que a registrada na Bahia e em Salvador. Em nível nacional, elas eram 28% em 2000 e subiram para 36% em 2010.
“Esta [a união consensual] é uma característica das pessoas de menor poder aquisitivo. Além disso, alguns avanços com relação ao reconhecimento da união estável acabou por substituir a obrigação do casamento”, explicou o coordenador de disseminação de informações do IBGE na Bahia, Joilson Rodrigues. “Acredito que as pessoas estão vendo um sentido menor no ritual”, completou. A secretária Claudilene Costa, de 42 anos, está entre as pessoas que optaram pela união consensual, há seis anos. “É muito mais prático. E tem a vantagem que se não der certo cada um vai para o seu lado e pronto. Não tem nenhuma burocracia”, comenta. Claudilene conta que quando era adolescente sonhava com uma cerimônia digna dos contos de fadas, mas que a vida lhe fez mudar de ideia. “A gente vai amadurecendo e aprendendo com as decepções até se dar conta que isso não tem tanta importância”. Para a secretária, outro fator crucial foi a economia. “Na época eu estava sem dinheiro e ele também. Tínhamos que montar uma casa, comprar tudo novo. Não dava para gastar com festa ou fazer um casamento grande”, disse. Quando questionada se não passa pela cabeça oficializar a união, ela brinca: “Que nada! Para quê? Eu já tô querendo é descasar”. DivórciosAs pessoas que se declararam divorciadas no país aumentaram para 14,6% na última década. Em 2000, esse percentual era de 11,9%. O Distrito Federal (4,2%) lidera o ranking das unidades da federação onde, proporcionalmente, há mais divorciados. Depois aparecem empatados Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul, com 4,1%. O Maranhão aparece no final da lista. No mesmo período, aumentou também o percentual de viúvos (de 4,6% para 5%).

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