O deputado estadual Bruno Reis (PMDB) teceu críticas ao governo do PT, falou sobre a cobrança da taxa de incêndio e deu sua opinião sobre as eleições de 2014 em entrevista a Emmerson José e Alex Ferraz, durante o CBN Salvador 1ª Edição desta quinta-feira (7). Reis deixou claro que em 2014 será candidato a deputado federal, pois está no seu primeiro mandato e quer continuar próximo da base. A ideia é apoiar os colegas que vão lançar candidatura para uma vaga na Câmara dos Deputados. “Tem outros amigos que serão candidatos a federal como José Carlos Bacelar (PTN), Paulo Azi (DEM) e Elmar Nascimento (PR)”, disse. Críticas O deputado não poupou críticas ao governo do estado. Para ele, essa gestão fez muitas promessas, criou muita expectativa e pouco entregou a população. “Para 2014 espero que haja uma mudança que houve em Salvador e em Feira de Santana. As pessoas não aguentam mais e não estão satisfeitas com o atual projeto em curso. Não é projeto contra o PT, contra o governo Wagner, mas a favor da Bahia. Bruno Reis citou obras como a Ferrovia Oeste-Leste (Fiol) e as do Porto Sul, que são importantes para o desenvolvimento do estado, mas que não se tornaram realidade. “Esse governo não teve capacidade de aproveitar a oportunidade de ter o governo do PT no plano federal. O que foi feito pelo PT que desse nova modelagem a Bahia e possibilitar reestruturação da economia? Isso não aconteceu. As perspectivas são boas para a oposição, vamos fazer com que as pessoas que cheguem aqui e sorriam”, frisou.
O contingenciamento feito neste ano também foi apontado pelo peemedebista como uma prova da má gestão do PT e das consequências do inchaço provocado para abrigar a base aliada. “Pulamos de 19 para 31 secretarias. A Bahia foi o estado que mais criou cargos comissionados. Reda mais que dobrou. E o custo aumenta com aluguel, diária, locação de prédio e levou o estado a uma insolvência”, afirmou. Segundo o deputado, o governo pegou recurso de banco de fomento, que deveria ser investido em obras, para pagar custeio. “A Bahia é um cemitério de obras paralisadas. Há um rombo de mais de R$ 2 bilhões. O secretário atual da Fazenda, Manoel Vitório, está inventando mágica para cobrir o rombo, anunciou o contingenciamento e propôs a taxa de incêndio para equilibrar as finanças. Esse governo é bom de propaganda e de conversa”, explicou. Taxa de Incêndio O deputado estadual falou sobre uma ação que a oposição vai ingressar nos próximos dias, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) contra a taxa de combate a incêndios. O advogado tributarista Robson Santana, em participação durante o CBN Salvador 1ª Edição, disse que essa taxa é inconstitucional. “Se o objetivo é melhorar os serviços dos bombeiros, qual o nexo de se cobrar a taxa na conta de luz?”, questionou Santana. Reis argumentou também que a decisão do governo vai de encontro ao que foi determinado pelo Governo Federal, de reduzir a taxa de luz elétrica. “Já estamos com Adin pronta e vamos ingressar com quatro partidos grandes da oposição e, no Supremo, pelo PTN. A lei é inconstitucional. Você não pode vincular extinção de incêndio com consumo de quilowatts.Quatro entidades já conseguiu a suspensão do pagamento dessa taxa. Somos a favor da reestruturação do Corpo de Bombeiros e da sua independência”, afirmou. Eleições 2014 Bruno Reis também reforçou o coro da oposição chegar unida em 2014, e disse que torce para que Geddel Viera Lima seja o escolhido para encabeçar a chapa para o Governo do Estado. “Vamos ter um único candidato. Geddel tem dito que não será empecilho para essa unidade. Se Paulo Souto manifestar desejo terá apoio. Ambos preenchem as qualificações, são homens públicos e tem força política. No momento certo vamos decidir. Estou trabalhando pela candidatura de Geddel, tenho rodado a Bahia e quem tiver motivação e vontade será nosso candidato. Seja quem for, vai ganhar as eleições e representar a mudança que a Bahia merece”, frisou. A posição de Marcelo Nilo, presidente da Assembleia Legislativa, não é das melhores, na opinião de Bruno Reis. Para o deputado, Nilo é considerado um problema grave, pois não há espaço para ele na chapa de Wagner. “Nilo tem dito que não há hipótese do PDT não fazer parte da chapa. Não creio que ele vencerá essa discussão até o final do ano”, disse.Bruno Reis aproveitou também para tirar de cogitação um possível rompimento entre as oposições. “Nossa candidatura é a favor da Bahia. Não é candidatura para matar ou morre”, concluiu. Ouça a entrevista completa nos links abaixo: Trecho 01 Trecho 02 Trecho 03Trecho 04
Reis deixou claro que em 2014 será candidato a deputado federal |
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