Os vizinhos de Tiago de Jesus Santos, 14 anos, morto a tiros na madrugada da última segunda-feira (31), acreditam que o garoto foi morto por engano. A mãe e a tia do adolescente permaneceram dentro de casa, sob o efeito de calmantes, durante boa parte do dia de ontem. "Elas não têm condição de falar. Pensamos até em levar a mãe para a emergência porque ela não está bem”, disse a vizinha Marisa Assis, que ajudou a socorrer o adolescente após o mesmo ser baleado. Ele chegou a ser levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas morreu na madrugada de segunda-feira. De acordo com amigos da família e vizinhos, não havia nenhuma razão para a morte do garoto. “Tiago era uma criança excelente. Eu não imagino por que alguém iria querer fazer isso”, lamentou Marisa. “Ele sempre ia da escola pra casa, só saía com o pai ou a mãe, não andava na rua sozinho e nem com gente de má índole. Só Deus sabe o por quê”, emendou. Segundo um morador do bairro, que não quis se identificar, o alvo não poderia ser o adolescente. ”Ele morreu por engano. Quem o assassinou queria pegar não era o menino“. Tiago, que cursava a 7ª série do Colégio Estadual Dois de Julho, morreu com oito disparos no peito, costas, barriga, mãos e pernas. O corpo do adolescente foi sepultado na tarde de segunda-feira, no cemitério Quinta dos Lázaros. Soldado do Exército participou de homicídioOntem, o soldado do Exército Bruno da Fonseca Freitas, de 20 anos, foi preso sob a acusação de matar o adolescente. Segundo policiais da Dreof, ele foi preso em flagrante quando saia do Quartel do Exército de Monte Serrat e seguia para o ponto de ônibus. O outro acusado, Marcos Nascimento de Souza, conhecido como Quinzinho, ainda está foragido. Em depoimento à polícia, Bruno confirmou que estava com Quinzinho no momento do crime, mas apenas pilotava a moto e não sabia da intenção dele de atirar em ninguém. O soldado contou, ainda, que aprendeu a pilotar motocicleta há duas semanas e que passou o domingo bebendo com o provável assassino de Tiago e passeando de moto na região. Por volta das 19h, a dupla teria começado a rondar a área onde aconteceu o crime, e, ao chegar na rua Eudalvo Silva Lima, Quinzinho teria avistado e executado o menino. A polícia acredita que Tiago não era o alvo do crime, já que não tinha relação com tráfico ou confusões na região. Quinzinho estaria à procura de outro grupo de meninos no mesmo bairro. Bruno estava sem capacete, o que facilitou a identificação. Já Quinzinho, mesmo com capacete, foi reconhecido pelas descrições de testemunhas, por ser conhecido no local e estar relacionado com outros casos de homicídios. Ainda segundo informações da polícia, os tiros que mataram Tiago partiram de duas armas calibre 38. Depois de ficar detido na Delegacia de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Dreof), Bruno foi transferido no final da manhã desta terça-feira (1º) para o Quartel do Exército de Monte Serrat. * Com informações da repórter Lais Vita
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