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SALVADOR

"Foi como nos filmes que a gente vê”, conta vítima de acidente

Batida envolvendo 3 micro-ônibus, uma moto e um carro acabou com 10 feridos

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05/12/2014 às 10:00 • Atualizada em 27/08/2022 às 2:42 - há XX semanas
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Uma sequência de colisões envolvendo três micro-ônibus, uma moto e um carro modelo Classic deixou dez pessoas feridas e duas lojas destruídas na tarde da quinta-feira (4), na Avenida Suburbana, próximo à entrada de Paripe.
Ônibus do Stec invade loja na Avenida Suburbana e atendente fica ferido. Dez pessoa são hospitalizadas (Foto:Almiro Lopes)
Segundo o motorista Edmilson Sandes, 39, condutor do micro-ônibus do Subsistema de Transporte Especial Complementar (Stec) que fazia a linha Base Naval-Baixa do Fiscal, o veículo trafegava no sentido Paripe, quando uma moto com dois homens saiu em alta velocidade da Rua Armando Ulm da Silva, transversal da Avenida Suburbana.
“Os motoqueiros estavam sendo perseguidos por uma viatura e surgiram do nada na minha frente. Eu tirei a roda pra não passar por cima da cabeça, mas acabei atingindo eles”, disse Edmilson. A moto ficou presa embaixo do veículo e os dois homens ficaram estendidos no chão.
(Foto:Juarez Soares/ Jornal Correio)
Ao frear para evitar uma colisão com a moto, o veículo conduzido por Edmilson foi atingido na lateral por um segundo micro-ônibus, que vinha atrás dele e fazia a linha Baixa do Fiscal/Lobato-Brasilgás.
“O outro micro-ônibus ia me ultrapassar. Quando eu freei, ele perdeu o controle e invadiu a outra pista”, afirmou o motorista. Porém, antes de invadir a pista no sentido Comércio, o micro-ônibus se chocou contra uma árvore e um poste localizados no canteiro central da via.
Sustos
Do outro lado da pista, a autônoma Edilza Mariano, 47, dirigia seu veículo Classic, e se assustou ao ver o acidente com os motoqueiros e o micro-ônibus. Em segundos, ela também estaria envolvida no acidente. “Só vi o poste vindo em minha direção. Eu puxei o carro para o lado e me abaixei. O poste bateu no meu para-brisa. Aconteceu como nos filmes que a gente vê”, disse ela.
O carro dela ainda acabou atingido também pelo micro-ônibus, que finalmente entrou na loja Piscina & Cia., onde a vendedora Cláudia Rodrigues estava. Nervosa, ela contou que estava sozinha quando tudo aconteceu. “Estava atendendo o telefone no fundo da loja quando vi o ônibus entrar”, disse ela.
Um terceiro micro-ônibus que também fazia a linha Baixa do Fiscal/Lobato-Brasilgás e seguia no sentido Comércio, tentou desviar da colisão, mas perdeu o controle e se chocou contra a loja Duque Auto Peças.
Região ficou congestionada por conta da colisão (Foto: Isaias Pascoal/ Jornal Correio)
Eduardo Charles, 46, proprietário do estabelecimento, estava sentado na porta da loja quando viu a primeira colisão, entre a moto e o micro-ônibus. Segundo Zeni Antônia, em seguida, ele foi para trás do balcão da loja e, instantes depois, o micro-ônibus entrou na loja.
Eduardo chegou a ser atingido, mas segundo a esposa sofreu uma pancada na coluna e escoriações nos braços. Feridos, o motorista e o cobrador do micro-ônibus que atingiu a autopeças, os dois homens que estavam na moto e uma outra vítima do acidente foram socorridos para o Hospital do Subúrbio.
Mais seis vítimas do acidente deram entrada no hospital té o final da tarde de ontem (4). Segundo a assessoria da unidade, quatro já tinham recebido alta e outras seis permaneciam internadas até a noite, sendo que uma delas, que teve traumatismo craniano e duas fraturas ósseas, foi encaminhada à UTI.
O presidente da Cooperativa dos Permissionários do Subsistema de Transporte Especial Complementar do Município de Salvador (Coopstecs), Pedro Miranda, responsável pelos três micro-ônibus envolvidos no acidente, afirmou que a organização vai iniciar hoje a reconstrução das duas lojas atingidas.
Segundo ele, a cooperativa já acionou o seguro para ressarcir as vítimas.
Perseguição
Segundo Luciano Brito, supervisor da Transalvador, testemunhas afirmaram que um dos homens da moto estava armado, mas nenhuma arma foi encontrada. “Depois do acidente, apareceu um homem e pegou a arma”, afirmou a moradora da região Jaqueline Matos.
Apesar de o motorista do primeiro micro-ônibus ter afirmado que uma viatura perseguia a moto, os policiais militares da 19ª CIPM (Paripe), que estavam no local do acidente negaram que houvesse qualquer perseguição policial.
Se havia perseguição — disseram — era entre civis. Responsável pela investigação, o delegado Nilton Borba, da 5ª DT (Periperi), também negou perseguição policial. A partir de hoje, os veículos serão periciados e os motoristas e testemunhas serão ouvidos.
Correio24horas

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