O tradicional desfile cívico do 7 de Setembro na capital baiana aconteceu de forma tranquila e sem transtornos, ao contrário do que aconteceu em outras capitais brasileiras. A celebração dos 191 anos da Independência do Brasil começou às 9h, com a cerimônia de hasteamento das bandeiras do Brasil, Bahia e Salvador pelo governador da Bahia, Jaques Wagner, e pelo prefeito da cidade, ACM Neto. Em seguida, foi dada a largada do desfile, que começou no Corredor da Vitória, passou pelo Campo Grande e pela av. Sete de Setembro, terminando na Praça Castro Alves. A chuva diminuiu a presença de público no desfile oficial e também pode ter sido responsável pelo pequeno número de manifestantes do Movimento Passe Livre, que organizava uma passeata no Campo Grande através das redes sociais. Veja também: em protesto contra a violência, prefeito de Caculé suspende festejos de Sete de Setembro No horário marcado para a concentração dos integrantes do movimento, às 10h, apenas cinco pessoas foram à Reitoria da Universidade Federal da Bahia. Uma hora depois e com cerca de 15 pessoas a mais, o grupo seguiu para a frente do Teatro Castro Alves, onde encontrou outros movimentos sociais que desfilaram no "Grito dos Excluídos". Também participaram do Grito dos Excluídos e seguiram em direção à Praça Castro Alves pela avenida Sete de Setembro após o término do desfile oficial representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto de Salvador (MSTS), de entidades sindicais e grupos estudantis sem vinculação com o MPL. Apesar de terem sido enfraquecidos pela chuva, protestos aconteceram na comemoração da Independência do Brasil em Salvador. Manifestantes carregaram faixas com mensagens contra corrupção e pedindo melhorias na moradia da população carente e até o caso do ajudante de predreiro Amarildo, que desapareceu em 14 de julho deste ano após ter sido abordado por policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, no Rio de Janeiro, foi lembrado. Familiares dos primos Joel e Carlos Alberto Júnior, assassinados em diferentes operações da Polícia Militar no Nordeste de Amaralina, protestaram contra a violência na cidade. Carregando faixas, os parentes e amigos dos jovens pedem paz e o fim da violência e da impunidade. O pai de Júnior, o mestre Carlos Alberto, também esteve no desfile e falou sobre o sentimento de impunidade com o assassinato do filho. Confira galeria de fotosFotos: Diego Mascarenhas/iBahia
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