Os ônibus estão circulando normalmente na manhã desta sexta-feira (10) em Salvador. Segundo a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), os coletivos estão nas ruas desde às primeiras horas do dia. O fluxo está normal nas principais vias, assim como nas estações de transbordo da capital, exceto na região da Lapa, onde acontece uma manifestação da centrais sindicais desde às 6h.
Um grupo com cerca de 40 pessoas bloqueou o trânsito na rotatória entre o Dique do Tororó e a Lapa. Eles estão impedindo que os coletivos com destino à Lapa entrem na estação. Os carros particulares que trafegam na região também estão parados no congestionamento. Segundo representantes dos sindicatos que participam do protesto o bloqueio ficará no local até às 10h.
Em seguida, o grupo irá para o Campo Grande, onde haverá outro ato e uma caminhada em direção ao Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA), e à sede da Previdência Social. O protesto faz parte da mobilização convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em vários setores contra medidas do governo do presidente Michel Temer.
O vice-presidente do sindicato dos rodoviários, Fábio Primo, confirmou ao CORREIO na manhã de hoje que os ônibus estão circulando normalmente pela cidade, mas que representantes da categoria estariam no protesto na Lapa.
Nesta quinta-feira (9), Cedro Silva, presidente da CUT na Bahia, havia dito que os manifestantes do Dia Nacional de Paralisações não vão deixar os coletivos circularem na capital e na Região Metropolitana. “Nós vamos parar os ônibus que estiverem circulando”, disse ao CORREIO.
Dia de paralisações
Os trabalhadores que aderirem ao movimento vão cruzar os braços no início da manhã, por volta das 7h. No final da manhã, parte deles deve sair do Campo Grande, em direção ao Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA), e à sede da Previdência Social, ambos no bairro do Comércio.
Sindicatos de todo os país foram convocados para aderir à mobilização no Dia Nacional de Paralisações, organizada pela própria CUT. Na Bahia, a manifestação vai reunir diferentes categorias profissionais, que podem paralisar totalmente as atividades ou aderir parcialmente à manifestação.
Segundo os organizadores do movimento, ele tem como objetivo protestar contra retrocessos do governo Michel Temer. Eles citam a reforma trabalhista, que entra em vigor neste sábado (11), além das mudanças planejadas para a Previdência, em análise no Congresso, e o decreto publicado pelo Ministério do Trabalho que modifica a definição de trabalho escravo e deixa nas mãos do ministro a inclusão de empresas na "lista suja" daquelas que desrespeitam os direitos trabalhistas.
A expectativa, segundo os sindicalistas, é que o ato reúna cerca de 50 mil trabalhadores e estudantes.
Veja a lista com algumas das atividades e serviços que podem deixar de funcionar na manhã desta sexta-feira.
Trabalhadores | Posicionamento |
Professores municipais, estaduais e federais | participam da paralisação |
Vigilantes | participam da paralisação |
Metalúrgicos | participam da paralisação |
Comerciários | participam da paralisação |
Correios | participam da paralisação |
Petroleiros | participam da paralisação |
Aeroviários | participam da paralisação |
Policiais Civis | participam da paralisação |
Eletricitários | participam da paralisação |
Rodoviários de Salvador | não devem aderir à paralisação |
Rodoviários das Regiões Metropolitanas | não devem aderir à paralisação |
Trabalhadores da área de limpeza urbana | participam da paralisação |
Bancários | participam da paralisação até às 12h |
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Redação iBahia
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