Foto: (Reprodução) |
Amigos, familiares, alunos e colegas cobraram maior agilidade no processo de investigação. “A gente entende que a polícia está trabalhando, mas precisamos de mais agilidade para que a justiça seja feita e a memória dele seja preservada”, disse Marta Melo, ex-companheira de Marcus.
O reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), João Carlos Salles, esteve presente para prestar solidariedade ao movimento. “O professor Marcus era uma figura destacada na universidade, uma pessoa importante nas nossas relações, um exemplo do que é um bom acadêmico, sensível a causas importantes. O sentimento de perda da comunidade é muito forte e nós estamos atentos e vigilantes para que se continue o processo de apuração”, declarou.
O investigador Marcos Pinto, da delegacia de Jaguaripe, disse que o processo de investigação já foi todo feito. “Estivemos diversas vezes no local e já temos um parecer lógico, mas depende agora da justiça apurar os fatos que nós levamos. As testemunhas nos deram informações preciosas, as pessoas suspeitas de envolvimento já são conhecidas do crime”, disse ele. Apesar disso, ninguém foi preso, e a investigação do caso corre em sigilo.
Antes, manifestantes se concentraram na Praça da Piedade para a confecção de cartazes. (Foto: Hilza Cordeiro/CORREIO) |
Ainda de acordo com o investigador, o professor aposentado morava num sítio um pouco afastado do povoado de Pirajuía. A ex-companheira de Marcus relatou que o clima de medo e insegurança segue no município. Nesta quinta-feira (5), haverá uma reunião no Centro Administrativo da Bahia (CAB) entre os secretários de Segurança Pública do Estado e de Direitos Humanos da presidência da República, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conselho Regional de Psicologia e associações antimanicomiais, para discutir a agilidade das investigações.
AssassinatoSegundo a delegacia de Jaguaripe, dois homens foram até a casa do professor, por volta das 19h, e disseram que uma amiga dele passava mal. Um dos suspeitos se identificou como neto da mulher. Ao sair de casa para prestar socorro à amiga, o professor foi rendido e levado de carro até uma estrada de terra do povoado. Lá, ele foi executado com um tiro na cabeça. Nos últimos anos, Marcus mediava conflitos de terra entre indígenas e fazendeiros.
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