Manifestantes organizam passeata contra o prefeito João Henrique

Depois de reunir mais 500 manifestantes na última sexta-feira (20), na Praça Municipal, em Salvador, o movimento "Desocupa a Prefeitura, João!" já tem novo ato marcado. De acordo com as mobilizações que vem sem realizadas, especialmente pelas redes sociais, o protesto acontecerá no próximo dia primeiro de fevereiro. Desta vez, o grupo sairá às 16h em passeata do Campo Grande, passando por toda a Av. Sete de Setembro, até chegar à sede do executivo municipal. Os manifestantes querem que cada pessoa leve pelo menos outras cinco para se juntar ao ato. Na página do evento, criada no Facebook, quase 400 pessoas já confirmaram presença. A principal exigência é que as medidas estabelecidas pela Lei de Ordenamento do Uso e Ordenamento do Solo (Louos) sejam revogadas. "Nós não vamos desistir até que esse desvarie acabe. Estamos cansados de sentir vergonha da cidade que amamos", diz a mensagem na página do protesto. Pela internet, continua circulando

Manifestantes se reuniram na última sexta-feira na Praça Municipal

Sobre o LouosO projeto de lei, aprovado no final de dezembro de 2010 pela Câmara de Vereadores, começou a gerar controvésias depois que nove emendas, algumas com o mesmo conteúdo do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) da Copa, que teve a tramitação suspensa pela Justiça, foi acrescentada às pressas. “Todos sabiam que era uma manobra e ainda assim aprovaram. Cada vereador que aprovou tinha consciência de que estavam compactuando com esta burla”, criticou a promotora Rita Tourinho, do Ministério Público estadual (MP), que acionou os vereadores favoráveis ao Projeto. O texto aprovado libera o aumento do gabarito dos hotéis em até 50% em dez regiões da orla e permite o sombreamento nas praias antes das 10h e após às 14h. Foi liberado ainda o uso dos Transcons em obras na orla da cidade. Os Transcons são títulos emitidos pela Prefeitura em casos de desapropriações e que podem ser comercializados, permitindo que as construtoras extrapolem o limite legal de área máxima destinada à construções em um terreno.