Pela primeira vez, Salvador vai receber o Conexões MSF, evento promovido pela organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) em cidades brasileiras. Por aqui, haverá uma extensa programação que começa neste sábado (27) e vai até o dia 4 de junho. Entre as atividades, haverá desde exibição de filmes e seminários a exposições e debates – todas gratuitas.
É o primeiro Conexões MSF em 2017 – no ano passado, as cidades de Campinas (SP), Recife (PE) e Fortaleza (CE) também receberam o evento. Presente em 70 países, a organização, fundada em 1971, tem cerca de 360 mil doadores no Brasil. Desses, aproximadamente 5,5 mil são de Salvador. No entanto, atualmente, há apenas uma baiana entre os profissionais que atuam nos projetos da ONG.
“A gente deseja ter mais profissionais do Nordeste. A gente percebe que os profissionais do Nordeste têm alta capacidade de adaptação. São poucos, mas eles têm alta capacidade de ajuda e ficam com a gente por muito tempo. O desejo é expandir para o Nordeste, tanto nos profissionais quanto o público de uma forma geral”, explicou a assessora de comunicação de MSF, Damaris Giuliana, em visita ao CORREIO nesta quarta-feira (24).
Por isso, entre a programação, há até uma pré-seleção para candidatos que queiram trabalhar com MSF. O recrutamento vai acontecer em dois momentos: na segunda-feira (29), na Sala de Arte da Universidade Federal da Bahia (Ufba), e na terça-feira (30), na Livraria Cultura, no Salvador Shopping.
Damaris destaca que até mesmo a mobilização e o engajamento diante de crises humanitárias nas redes sociais ajuda. Em Salvador, 26 mil pessoas curtem a página da organização no Facebook, por exemplo. No ano passado, depois de uma campanha de quase dois anos, MSF conseguiu reduzir o custo das vacinas contra pneumonia para organizações humanitárias para US$ 9,30 por criança. Em alguns países, só uma das três doses chega a custar US$ 100.
A campanha contou com uma petição online com cerca de 400 mil assinaturas. Desse total, 60 mil foram de brasileiros. “Continuamos na luta para que a indústria farmacêutica reduza também os preços para os países. Médicos Sem Fronteiras não busca lucro, mas fazer com que as pessoas tenham acesso à saúde pública. E quando uma pessoa assina uma petição dessas, ela está ajudando a salvar vidas”, afirma.
Para criança e para adulto
A programação inclui também a exibição de cinco documentários; um debate sobre a doença de Chagas e a mostra Pessoas em Movimento, com imagens expostas na praça do Mercado Modelo. Após a exibição dos filmes, também haverá debates. Entre os cinco, somente o Caminhos da Vacina, que fala sobre as dificuldades de levar a imunização até países de difícil acesso, tem classificação indicativa livre.
“Eu e um cinegrafista acompanhamos a ‘caixa de vacinas’, que saem desde o armazenamento de suprimentos, em Bruxelas (na Bélgica), até um vilarejo na República Democrática do Congo. A gente faz esse trajeto de carro, avião, canoa e até a pé”, conta a coordenadora de produção audiovisual do filme, Jéssica Urolangarin.
No domingo (28), a programação será especial para as crianças, com troca de livros, contação de histórias sobre refugiados e show do grupo Canela Fina, no Palacete das Artes. “A gente entende que, assim como a saúde é para todo mundo, o debate sobre a saúde pública também é para todo mundo”, afirmou Damaris. Haverá, ainda, passeios ciclísticos a partir desta quinta-feira (25). Os passeios acontecem até domingo.
A exposição fotográfica Conexões é a única atividade da programação que continua após o dia 4. A exposição, montada no Salvador Shopping, vai até 25 de junho. Por fim, a programação será encerrada com o Diário de Arte, com uma intervenção artística dos grafiteiros Éder Muniz e Raphael Ribeiro na Estação Nova Lapa.
Para conferir toda a programação, acesse o site do evento.
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Redação iBahia
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