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SALVADOR

Metrô: Pessoas relatam insegurança nas passarelas de acesso

Passageiros se queixam de distância entre passarelas e estações e temem assaltos; CCR mantém cerca de 400 seguranças

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Redação iBahia

23/05/2017 às 19:45 • Atualizada em 26/08/2022 às 18:04 - há XX semanas
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Com a inauguração das quatro novas linhas do metrô de Salvador, o número de usuários do sistema deve duplicar, segundo a CCR Metrô Bahia, empresa que administra o sistema. Se antes o número de visitantes era 90 mil pessoas por dia, agora, a expectativa é que 180 mil circulem pelas estações.
Com o aumento do número de usuários, cresce também a insegurança principalmente nas passarelas que dão acesso ao sistema de transporte. No mês passado, por exemplo, foram registrados dois assassinatos na passarela do Iguatemi, principal acesso à estação Rodoviária.
Na época dos crimes, a CCR Metrô se manifestou por meio de nota afirmando que a empresa mantém dez vigilantes terceirizados atuando na passarela. Os agentes, de acordo com o texto, são responsáveis por garantir a livre circulação dos passageiros. A nota dizia ainda que os profissionais são orientados a fazer rondas contínuas nos pontos de ligação com o sistema metroviário.

				
					Metrô: Pessoas relatam insegurança nas passarelas de acesso
Com a inauguração das novas estações, foram construídas passarelas que dão acesso às estações Pernambués e Pituaçu, além da requalificação das passarelas do CAB e Imbuí. Todos os equipamentos, segundo a empresa, possuem câmeras de monitoramento, além de agentes que circulam pelas imediações.
No primeiro dia em que os novos trens passaram a circular nas recém-inauguradas estações de Pernambués, Imbuí, CAB e Pituaçu, o CORREIO ouviu relatos de pessoas que estão temerosas em utilizar essas vias de acesso. A reclamação entre os usuários é maior na passarela do Imbuí, nas imediações do Fórum Regional, sentido Aeroporto.
Insegurança
Os estudantes do curso de Enfermagem da Unifacs, que fica na Avenida Paralela, se dizem assustados com os assaltos que costumam acontecer na região. Apesar dos aparatos de segurança dos acessos ao metrô, a preocupação se torna maior, segundo eles, já que a distância entre os pontos de ônibus e o acesso à passarela é grande "Conheço muitos amigos que foram assaltados. A minha preocupação é que tenho que andar uma distância considerável até chegar aqui", disse Rafael da Hora, 22 anos.
A cabeleireira Elisângela Villas Boas, 47, atravessa a passarela aflita. Depois de sofrer um assalto em janeiro e ter seu carro roubado, ela passou a adiantar o passo. "Todas as passarelas costumam ser perigosas, mas essa aqui (Imbuí) é muito mais. Além da pouca movimentação, você não encontra ninguém que dê segurança até chegar ao metrô", afirma.
O CORREIO esteve no local e verificou que a distância entre os pontos de ônibus e a passarela é de aproximadamente 500 metros sentindo Aeroporto, nas proximidades da Unifacs, e aproximadamente 500 metros, na altura da Fundação Bahiana de Engenharia (FBE).
Projeto
De acordo com a CCR Metrô, a localização das estações e passarelas faz parte do projeto do Sistema Metroviário da capital e Lauro de Freitas, definido pelo Governo do Estado, com base em estudos de fluxo de demanda da Região Metropolitana.
Segundo a empresa, a Estação Imbuí é bem localizada, próxima a centros comerciais, acadêmicos, órgãos públicos e de fácil acesso ao bairro de Narandiba. Ainda segundo a empresa, para chegar à estação, os usuários terão uma nova passarela de acesso que atenderá às normas brasileiras de acessibilidade. A previsão é que a obra seja concluída em agosto deste ano.
"Não presenciei nenhum assalto, mas tenho medo. Costumo ver guardas circulando no interior das estações. A partir do momento que eu desço do ônibus, eu tenho que me sentir segura pra poder chegar até a estação", reclama a estudante de Enfermagem Ellen Karine Reis, 23.
A insegurança também está presente nos usuários da estação CAB. "Dentro do metrô, podemos nos sentir seguros, mas fora não. No CAB, por exemplo, quem precisa pegar ônibus sofre com os assaltos. Antes do metrô, já existia um número grande de roubos e com a demanda maior de usuários é possível que o número de casos aumentem", avalia o servidor público José Valter Costa, 65.
Posicionamento
A CCR Metrô Bahia afirmou, por meio de nota, que cerca de 400 agentes de seguranças atuam no interior e nas imediações das estações. No entanto, a empresa não informou o número exato de profissionais que trabalham nas passarelas que dão acesso ao metrô.
De acordo com a concessionária, são mantidos vigilantes contratados nas passarelas da Linha 2, com número variável de acordo com o fluxo de cada estação.
"Todas as passarelas da Linha 2 contam com monitoramento por câmeras interligadas ao Centro de Controle Operacional da CCR Metrô Bahia e ao Centro Integrado de Controle e Comando Regional (CICCR), unidade que centraliza as forças públicas de segurança em grandes eventos. Atualmente, o Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas conta com mais de 1.200 câmeras monitoradas em tempo real, nas estações, passarelas e áreas de acesso", destaca o texto.

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