O descarrilamento de parte do metrô no início da tarde desta terça-feira (4) chamou atenção para os diversos problemas apresentados pelo meio de transporte aos longo dos seus 14 anos de construção. No seu projeto inicial, a Linha 1 deveria ter 12 quilômetros e ligar o Centro de Salvador ao bairro de Pirajá, mas ela foi inaugurada em junho deste ano com um trecho de 7,3 km, que passa pelas estações da Lapa, Campo da Pólvora, Brotas, Acesso Norte e Retiro. O investimento total da obra foi de R$ 3,6 bilhões, sendo R$ 1,4 bilhão da Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), empresa que administra o metrô, R$ 1,2 bilhão do governo federal e R$ 1 bilhão do governo estadual.
Em maio deste ano, antes mesmo de ser inaugurado, o metrô registrou seu primeiro acidente. Um trabalhador sul-coreano morreu eletrocutado quando fazia testes dos trens do trecho Acesso Norte. Ainda em maio, cerca de 300 operários da Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) foram proibidos peça Superintendência Regional de Trabalho e Emprego (SRTE) de trabalhar no canteiro de obras do metrô, no Retiro. O órgão detectou falta de suporte para os cintos de segurança e o uso de apenas uma corda de sustentação. “O motivo foi a falta de medidas coletivas de segurança”, explicou à época o chefe do Setor de Segurança e Saúde do Trabalhador da SRTE, Flávio Nunes. Cerca de 2 mil operários trabalham no local. No mês de agosto, uma outra morte foi registrada no metrô. Eldo Pereira Alves, de 25 anos, caiu de um poste durante uma obra da CCR. Ele prestava serviço para uma empresa terceirizada em uma obra na região da Baixinha de Santo Antônio. A morte de Eldo fez com que 1.800 funcionários paralisassem suas atividades por tempo indeterminado.Na última segunda-feira (3), o metrô atingiu a marca de 1,5 milhão de embarques. De acordo com o governo estadual, a previsão é que a Linha 1 chegue a Pirajá no primeiro semestre de 2015, e, finalmente, complete os 12 quilômetros previstos na obra. A Linha 2, que compreende o trecho entre o Acesso Norte e o Aeroporto Internacional de Salvador, passa pelo Detran, Rodoviária, Pernambués, Imbuí, Centro Administrativo da Bahia (CAB), Pituaçu, Tamburugy, Bairro da Paz, Flamboyant e Mussurunga, e deve ficar pronta em janeiro de 2015. Nesta terça (4), a prefeitura de Salvador, através da Sucom, informou que a Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) possui as concessões necessárias para a construção no solo. A empresa afirma que o trem que se deslocava no sentido Retiro-Acesso Norte apresentou um problema técnico o que fez com que o o último carro da composição mudasse de via, interrompendo a operação do sistema nesse trecho.
Estação do Retiro foi interditada nesta terça-feira (04) |
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