Diante do impasse entre estado e prefeitura, que está atrasando a conclusão do projeto final do modelo de transporte a ser implantado na Paralela, o prefeito João Henrique (PP) preferiu não alimentar a polêmica. Segundo ele, depois que o governo do estado descartou o BRT (ônibus de trânsito rápido), que já estava aprovado pelo governo federal, e decidiu abrir nova concorrência, a prefeitura saiu de cena. “Aquele projeto que nós doamos (BRT) não foi adiante, foi desprezado. Depois veio a PMI (Proposta de Manifestação de Interesse), com sete projetos. Aí eu perdi o controle porque saiu da esfera da prefeitura. A PMI foge do controle da prefeitura”. Ele também não soube detalhar o que está motivando a dificuldade de acordo entre as duas esferas e disse não saber que o desentendimento poderia atrasar a apresentação do projeto final, que deveria acontecer no próximo dia 22. Já o secretário municipal da Copa, Leonel Leal, acrescentou que “a prefeitura está de portas abertas para dar seguimento às tratativas sobre mobilidade urbana em Salvador”. O governo do estado também, segundo o secretário do Planejamento, Zezéu Ribeiro. Ele acusa a prefeitura de querer empurrar um projeto “problemático e incompreensível” de implantar um BRT provisório na Paralela, para depois substituí-lo pelos trilhos. A verba para a obra só será liberada pela União se houver um acordo sobre o modal e, segundo o ministro das Cidades, Mário Negromonte, “Salvador já perdeu todos os prazos” para fechar o projeto. Diante da orientação da presidente Dilma Rousseff (PT) para que o projeto original não fosse substituído, o governador Jaques Wagner (PT) já admite uma mudança nos planos de ter trilhos na Paralela. Enquanto essa parte não se resolve, o chefe da Casa Civil municipal, João Leão, se reúne hoje com Negromonte para pedir mais R$ 125 milhões para as obras do metrô antigo, que já duram mais de 10 anos.
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