Uma mulher de 58 anos denuncia ter sido vítima de um golpe após pagar mais de R$ 34 mil pelos serviços de uma empresa que produz armários planejados e não receber os móveis, em Salvador.
Segundo a vítima, identificada como Maria Olívia Carvalho, o contrato teria sido firmado no dia 28 de janeiro deste ano e a previsão era de que os armários, que seriam instalados na cozinha e na área de serviço da casa dela, chegassem no dia 12 de março, mas não foram entregues até esta sexta-feira (8).
Ao iBahia, Maria Olívia contou ainda que tem tentado resolver o problema com o dono da empresa desde o mês passado. Em uma dessas mensagens, o homem, identificado como Paulo Roberto Albuquerque, teria se comprometido a entregar os armários, mas depois sumiu.
Ainda de acordo com Maria, na última terça-feira (5), um advogado que se apresentou como representante da empresa teria informado a ela que o estabelecimento faliu e que não tem como devolver o valor pago pelo serviço.
Após esse contato, o caso foi registrado na Polícia Civil. O boletim foi feito na última quarta-feira (6). Em nota, a Polícia Civil informou que o caso será apurado pela 16ª Delegacia Territorial (DT), que fica no bairro da Pituba.
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"Tentei contactar o proprietário através de e-mail e telefone. Não respondeu as mensagens e o telefone quando liga diz que o número não existe. A página do Instagram também foi removida", relatou a vítima no boletim de ocorrência.
O nome da empresa é Oca Baiana. O estabelecimento funciona no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. Em contato com o iBahia, o advogado identificado como Anderson Alconso informou que há outros clientes com problemas parecidos. Segundo ele, a empresa está abrindo um processo de recuperação judicial e prevê devolver o dinheiro de todos.
Dívidas
Sem receber os armários e com o risco de não ter o dinheiro de volta, Maria Olívia Carvalho diz que está preocupada.
A mulher conta que pagou parte do dinheiro cobrado pela empresa que iria fazer os armários à vista, via pix, e o restante foi parcelado em dois cartões de crédito.
Em um dos cartões, a prestação é de mais de R$ 4 mil. Neste mês de abril vence mais uma parcela e nem sinal dos armários.
De acordo com o advogado Anderson Alconso, a Oca Baiana entrou em contato com as empresas de cartão de crédito para pedir o cancelamento das vendas feitas, e que está buscando crédito, com apoio do Estado e de empréstimos, para devolver os valores pagos em dinheiro, transferência ou pix.
Conforme o advogado, a expectativa é de que os valores dos cartões de crédito sejam pagos em cerca de 15 dias. Já para a devolução do dinheiro ainda não há um prazo.
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Redação iBahia
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