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Repercussão

Mulher vítima de abordagem denunciada por clientes de shopping é presa

Testemunhas alegam que suspeita foi arrastada e teve cabelo puxado, após suposta tentativa de furto. Vídeo mostra situação

Redação iBahia • 09/09/2023 às 12:17 - há XX semanas

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					Mulher vítima de abordagem denunciada por clientes de shopping é presa
Foto: Reprodução / Redes sociais

Foi presa na noite de sexta-feira (8) a mulher vítima da abordagem violenta que foi denunciada por clientes do Salvador Shopping nas redes sociais. Ela tem 20 anos e é apontada como suspeita de tentativa de furto a uma farmácia do centro de compras, que fica localizado no Caminho das Árvores, área nobre da capital baiana.

Em nota enviada ao iBahia neste sábado (9), a Polícia Civil confirma que a mulher foi apresentada na Central de Flagrantes por policiais militares, como informado pelo estabelecimento. Ainda segundo as informações, ela teria sido contida pelos segurança enquanto tentava fugir. O material que teria sido pego por ela também foi levado para a unidade policial e devolvido para a farmácia.

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No entanto, o teor do suposto furto não foi detalhado. Também não foi registrada a denúncia de agressão na delegacia. De acordo com a polícia, outras duas pessoas que estavam com a suspeita estão sendo procuradas. Ainda não há detalhes sobre as identidades delas.

A situação aconteceu no início da noite de sexta-feira. Vídeos feitos por testemunhas mostram a mulher sendo arrastada para dentro de uma área restrita do centro de compras, enquanto uma outra grita por ajuda e tenta impedir a ação. Em seguida, clientes se aproximam e pedem para que os seguranças não agridam a mulher. Assista ao vídeo abaixo

Vídeo: Reprodução / Redes sociais
Em reposta às acusações, o shopping diz que "não houve nenhuma agressão às suspeitas", em posicionamento enviado ao portal. O shopping disse ainda que "as imagens das câmeras de segurança foram preservadas e estão à disposição das autoridades".
Nas redes sociais, uma das pessoas que presenciou a abordagem e denunciou o caso detalhou o que viu. O homem, que terá a identidade preservada, conta que, além de arrastada, a suspeita foi puxada pelos cabelos.

"Ela era uma pessoa pequenininha. Existem maneiras de você imobilizar, chamar a polícia, mas agredir não. Mas eles estavam agredindo ela de uma forma tão desumana, que eu precisava gravar. Foi terrível o que eles fizeram com ela"

A testemunhas diz ainda que não viu o objeto furtado pela mulher nas mãos dela quando a confusão começou. "O que eu presenciei, ela não estava com nada. Depois, me aparecem as coisas", afirmou.

"Eu não estou defendendo roubo, crime. Tem que chamar a polícia mesmo, se roubou, se tem provas. Chama a polícia, mas com cuidado, para não destruir reputações, porque acusar é fácil", completou.

O homem ainda relacionou o caso com situações de racismo já divulgadas nas redes sociais ocorridas no estabelecimento comercial e em outros do Brasil. "Diariamente, você que é negro nesse país, se você tem o mínimo de consciência social, você se sensibiliza. Você é tocado pelas histórias que acontecem diariamente".
Por fim, a testemunha disse estar abalada com o fato e classificou a situação como simbólica com relação ao racismo.
"Somente a Justiça tem o direito de julgar o mérito. O que eu estou agora é no meu papel de cidadão, que estava no shopping. Presenciar como aquela mulher foi puxada na maior capital negra fora de África do mundo, puxada pelo cabelo, sendo humilhada... se roubou, a Justiça vai definir, mas agredir aquela mulher, sendo arrastada e humilhada, é simbólico.
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