Há dois anos e dois meses, feirantes e clientes se acomodam como podem entre os corredores estreitos do galpão da Cesta do Povo, que abriga os estabelecimentos da Ceasa do Rio Vermelho. Em obras desde janeiro de 2012, o mercado deveria ter sido entregue em junho do ano passado, mas as obras atrasaram e somente no próximo dia 28 de março os permissionários receberão as chaves dos boxes.
A clientela, no entanto, terá que esperar mais: o novo mercado só deverá abrir as portas ao público com todas as lojas funcionando cerca de um mês depois, em 1º de maio, “no máximo”, como disse o secretário estadual de Indústria, Comércio e Mineração, James Correia. “Agora, é a conclusão da obra e a entrega das chaves. É como um apartamento: você recebe as chaves e vai cuidar de decorar”, declarou.
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Faltando 15 dias para a entrega, máquinas e operários ainda trabalham (Foto: Amana Dultra) |
Na sexta-feira (14), o governador Jaques Wagner (PT) disse, através do Twitter, que mais de 120 dos 170 boxes das novas instalações já foram entregues à Empresa Baiana de Alimentos S.A. (Ebal), responsável pela gestão do espaço junto aos permissionários. “As obras de requalificação da Ceasinha do Rio Vermelho já estão na reta final e devem ser entregues em breve. Estamos investindo R$ 24 milhões para modernizar a Ceasinha e receber baianos e turistas com mais conforto”, postou.
Permissionários Para o vice-presidente da Associação dos Permissionários da Ceasa do Rio Vermelho, João dos Santos, apesar do atraso, a entrega deverá agradar. “Estamos saindo de um espaço provisório para um equipamento novo. Acredito que nenhum permissionário vai dizer que não está bom, porque a gente vai para um lugar com mais estrutura”. Segundo ele, o mercado fechará no dia 25 para que a mudança comece a ser feita, e reabrirá no dia 29. Apesar de a abertura oficial acontecer só cerca de um mês depois, o mercado ficará aberto durante a fase de transição, segundo informou o diretor-presidente da Ebal, Eduardo Sampaio.clientela A transferência é aguardada com ansiedade não apenas pelos comerciantes. O publicitário André Luis Coelho, 45 anos, que vai à Ceasinha com frequência, reclama do aperto nos corredores das atuais instalações.
“Eu acho que essa mudança já deveria ter acontecido, porque essa obra está se arrastando. O mais insuportável é a gente ainda pagar por um estacionamento que ainda nem está pronto. Aqui, dia de sábado, a gente não consegue nem entrar para escolher o que quer”, reclamou.Gerente de um estabelecimento e há 27 anos trabalhando na Ceasinha, João da Silva Nunes, 47 anos, é um dos fundadores do mercado. “Essa obra era pra estar pronta em pouco mais de um ano, já tem quase dois anos e meio. Está todo mundo ansioso, só esperando eles entregarem as chaves”.
Ocupação Principal impasse entre o governo e os permissionários, a cobrança da taxa única de ocupação, de R$ 1.100 por metro quadrado, deixou de ser um problema. Segundo João dos Santos, da Associação dos Permissionários, os feirantes ficarão isentos. “A gente conseguiu um patrocínio e vamos pagar somente aluguel e condomínio”, disse.
O patrocínio, segundo o secretário James Correia, vem da cervejaria Itaipava. Com isso, os feirantes pagarão aluguel a R$ 30 por m² e condomínio a R$ 80 por m². A Ceasinha será administrada, segundo James Correia, pela Enashopp.
Matéria original do Correio
Novo espaço da Ceasinha será entregue aos permissionários no próximo dia 28
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