Mesmo com o comércio local funcionando normalmente e com policiamento feito pela 41ª Companhia da Polícia Militar (Federação), até o fim da tarde deste sábado, a frota do transporte público que atende o Engenho Velho da Federação ainda não havia voltado a rodar dentro do bairro. A doméstica Marivalda de Jesus aproveitou a carona de um taxista conhecido para chegar até a Avenida Cardeal da Silva e conseguir pegar um ônibus. “Está muito difícil. Ontem foi um transtorno enorme para levar a minha sogra cadeirante até o médico. Não dá pra ficar pagando todo dia R$ 3 a uma topic só pra descer a ladeira”, afirmou.
Foto: Louise Lobato/Correio24Horas |
Os ônibus deixaram de circular no bairro depois que um ônibus foi incendiado durante um protesto pela morte de Railan Rosalino dos Santos, 18 anos, atingido em um suposto confronto entre PMs e bandidos, na última quarta-feira. Uma moradora, que não quis se identificar, disse que o medo tomou conta do bairro. “O problema não é nem pegar ônibus lá embaixo, que a gente se vira, o pior é o medo de andar na rua. Que Deus nos proteja. Tá todo mundo com medo da violência”, afirmou. Procurado pelo CORREIO, o Sindicato dos Rodoviários no Estado da Bahia informou que não há um prazo para o serviço ser restabelecido. “A gente só vai voltar para o Engenho Velho quando sentir uma situação de segurança plena. Estamos aguardando, pacientemente, para que a gente não corra nenhum risco”, assegurou o diretor de imprensa do sindicato, Daniel Mota.
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