Na enquete realizada no Facebook do Correio, sobre a infestação de baratas durante o Verão, em Salvador, chamou a atenção a quantidade de pessoas que apontam os ônibus como foco dos insetos. Linhas de todos os cantos da cidade são alvo de ataques. “Dentro dos ônibus têm mais baratas que passageiros”, brincou Andréa Santos, divertindo-se com um problema que parece real.
Não é a única. “Se a cada barata que eu vejo nos ônibus eu ganhasse um real, estaria milionário”, calculou Saulo Miguez. “Correio, seria massa se vocês fizessem uma matéria sobre a falta de dedetização nos ônibus de Salvador. A quantidade de baratas dentro dos coletivos é um absurdo. Utilizo o transporte público e constantemente vejo inúmeras baratas passeando pelo ônibus e subindo nas pessoas. Isso é nojento”, falou Alana Monteiro.
Alguns internautas apontam as linhas de ônibus com exatidão. “Um ônibus da empresa Plataforma. Linha Terezinha x Pituba. Cheio de baratas”, disse um. “Todos os ônibus de Salvador e Lauro de Freitas / Vilas do Atlântico, tá tudo empesteado de baratas”, indicou outro. “Todos os ônibus que pego estão cheios daquelas baratas galegas”, alertou Jéssica Matos.
A Integra, que administra o sistema de transportes de ônibus de Salvador, informou que as empresas têm seus controles de higienização e que casos pontuais devem ser comunicados para verificação. A Integra solicitou que os números, as empresas e as linhas dos ônibus infestados sejam identificados. O problema deve ser comunicado no número 71 4020-1550.
Baratas maiores e voadoras são mais fáceis de combater do que as pequenas
Proprietário de uma dedetizadora, Valmir Gomes explica que, para combater a infestação de baratas, é preciso “fazer um trabalho de qualidade”. Quando o ataque é severo, ele diz que é necessário usar muito mais do que um simples Baygon. Quem é profissional mata a barata com um gel (ou pó dissolvido em água) que só as empresas dedetizadoras têm. Coloca-se nos locais estratégicos. “É um gelzinho. O gel atrai as baratas. Elas vêm doidas, com toda sede ao pote. Tem um produto novo aí que com 15 minutos mata tudo”, conta, com a expertise de quem ganha dinheiro com isso.
Ainda de acordo com Valmir, as baratas maiores, as voadoras e mais assustadoras, são muito mais fáceis de serem mortas. “O maior problema são as miudinhas. Essa só mata com o gel. Essas grandes muitas vezes morrem só com o inseticida”, explica. Valmir diz que o serviço de dedetização normalmente é procurado pelas classes médias e altas. “Vou mais na Pituba, Costa Azul, Stiep”, enumera.
“Como o serviço tem um certo custo, é mais difícil chamarem nos bairros mais humildes”, justifica. Valmir também dedetiza muitos hospitais, clínicas e restaurantes, além de diversos tipos de empresas. Elson Wanderley, diretor comercial da Baratinha Desinsetizadora, insiste que o produto aplicado tem que ser de qualidade. “A depender do produto, o inseto pode se tornar ainda mais resistente. Tem que ser um produto de uma boa linhagem laboratorial”.
Elson destaca que a prevenção é o melhor caminho. “Proteja sua casa antes do problema aparecer. O ideal é fazer desinsetização de três em três meses. Ela funciona como uma barreira química”. Sobre inseticidas, Elson não enxerga muita eficácia. “Nada substitui uma desinsetização”. Já Rogério Nova, da Barata Nojenta Dedetização, insiste na limpeza. “Higiene é o maior segredo. Mas, em muitos casos, é preciso dedetizar”. Antes de contratar uma empresa de dedetização, também é importante checar se ela tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ofertar o serviço.
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Redação iBahia
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