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Orixás do Dique do Tororó são restauradas e entregues em cerimônia com líderes religiosos

Redação iBahia • 26/09/2022 às 21:26 - há XX semanas

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					Orixás do Dique do Tororó são restauradas e entregues em cerimônia com líderes religiosos
Foto: Joá Souza/GOVBA

Os Orixás do Dique do Tororó, símbolos da diáspora africana na Bahia, foram restaurados e entregues nesta segunda-feira (26), em cerimônia com líderes religiosos, em Salvador.

Das 12 peças criadas pelo artistas plástico Tatti Moreno, que faleceu em julho deste ano, as oito instaladas na lagoa do Dique do Tororó foram entregues durante o ator. Estiveram presentes a secretária de Cultura, Arany Santana; secretária de Promoção da Igualdade Racial, Fabya Reis; do secretário de Turismo, Maurício Bacellar, além de outros representantes da área cultural e de lideranças de terreiros de condomblé.

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As esculturas medem sete metro de altura e são representações de Oxalá, Iemanjá, Oxum, Ogum, Oxóssi, Xangô, Nanã e Iansã. Os outros quatro monumentos representam Oxumaré, Ossain, Logun-Edé e Ewá, possuem três metros e meio cada e ocupam a calçada de entorno do dique. Essas esculturas também passaram por manutenção recente.

Em 2019 a peça de Oxumaré foi degradada e teve um dos braços arrancados. Após a ação, a Conder deu início à primeira restauração para recuperação da escultura. Desde 2021 o órgão realiza as restaurações das outras 11 obras.


				
					Orixás do Dique do Tororó são restauradas e entregues em cerimônia com líderes religiosos
Foto: Joá Souza/GOVBA

Para a secretária de cultura do Estado, Arany Santana, a obra do artista transcende a religiosidade.

“Essa obra maravilhosa de Tatti Moreno que reside nesse dique, nessas águas encantadas do Dique do Tororó, é algo que transcende a questão da religiosidade afro-brasileira, vai além. Por conta disso, o Estado da Bahia tem esse compromisso com a sua população, que é eminentemente negra e que exerce a diversidade cultural em todos os aspectos, não apenas o povo de candomblé, mas o povo de umbanda, os geraizeiros, as rezadeiras. A Bahia é um estado diferenciado, é um estado da diversidade, e esse símbolo aqui tem muito significado", destacou.

Os orixás de Tatti Moreno foram instalados em 1996 e são uma das mais importantes obras do artista soteropolitano em um local histórico da primeira capital do Brasil.

Morre Tatti Moreno ao 77 anos

Morreu, no dia 13 de julho, em Salvador, o escultor e artista plástico baiano Octavio de Castro Moreno Filho, mais conhecido como Tatti Moreno.

Famoso em todo o país, Tatti é autor de obras importantes na capital baiana, como os orixás flutuantes do Dique do Tororó, e a escultura de Jorge Amado e Zélia Gattai, que fica no bairro do Rio Vermelho.

Segundo familiares, o artista faleceu na casa onde morava com a esposa, em Salvador, por volta das 17h. A causa da morte não foi divulgada.

Nascido na capital baiana em 1945, Tatti começou na escultura aos 12 anos, fazendo bonecos de arame, cola e sucata.

Em seguida, foi estudar na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e teve entre os mestres, o também artista Mário Cravo Júnior.

A partir de então, passou a fazer composições em latão, aço inoxidável e alumínio – material usado para fazer a maioria de suas obras, incluindo os orixás do Dique.

Além de Salvador, o artista também é responsável por diversas outras obras no país, como no Lago Paranoá, em Brasília, e nos jardins da estação Tucuruvi, em São Paulo.

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