De minissaia e top de lantejoula rosa, com a barriga à mostra exibindo um piercing, a transexual Ranella Márcia, 40, acompanhava a 2ª Parada Gay de Cajazeiras de cima de um trio elétrico. Com o tema Contra o Preconceito e a Discriminação, o evento ontem à tarde reuniu cerca de 5 mil pessoas, segundo a polícia. “A Parada é importante para abrir a cabeça das pessoas. Logo que cheguei aqui a discriminação era terrível, mas com o tempo foi melhorando”, contou Ranella, a primeira transexual do bairro, onde mora desde 1985. A ex-dançarina da banda O Troco, conhecida como Pró Jaque, 28, foi a madrinha da festa. “Significa muito para mim participar como madrinha, afinal já sofri muito preconceito e é muito bom poder defender essa causa”, explicou ela. Segundo Daniel Júnior, organizador do evento, o convite da madrinha aconteceu porque “Pró Jaque é tão polêmica quanto nós”, disse. “Precisamos mostrar que os homossexuais têm direitos iguais”, defendeu Daniel.
Para o travesti Aranha, 29, o objetivo do evento não é só defender os homossexuais e todos aqueles que sofrem preconceito, mas também incentivar a cultura na região. Foi com esse lema que se apresentaram as bandas Bonde do Povão, Som de Black, É Ideia e Los Cretinos, e a DJ Karlay.
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