O autor da petição escreveu a seguinte mensagem ao destinatário,"Ilmo. Promotor David Gallo: Kátia Vargas é médica, tem residência e emprego fixos, é ré primária e não se constitui em risco à sociedade. Ela tem o direito assegurado pela Constituição em responder ao processo em liberdade".
Com o título "SOLTEM KATIA", a petição aberta ao público no site Avaaz.org já possui 2.250 assinaturas até às 10h desta quarta-feira (23), porém não especifica a acusação sob a médica foi autuada.
A oftalmologista foi indiciada por duplo homicídio triplamente qualificado pelas mortes, e está presa no Conjunto Penal Feminino desde a quinta-feira (17). De acordo com a delegada Jussara Souza, titular da 7ª Delegacia, a médica dirigia em alta velocidade, o que provocou uma discussão com Emanuel, que chegou a bater com o capacete no capô do Sorento. Veja também: Casal de irmãos morre ao bater contra poste em frente a hotel em Ondina Médica envolvida em acidente em Ondina disse a perito que pensa em suicídio Laudo aponta que médica envolvida em acidente está apta a receber alta Médica envolvida em morte de irmãos deixa hospital em viatura da Polícia Civil Médica ficará em cela isolada de detentas no Presídio Feminino
Em seguida, ainda de acordo com a delegada, Kátia saiu em perseguição à moto, o que acabou gerando um toque. Então, Emanuel perdeu o controle e terminou batendo direto no poste. Ele e irmã morreram na hora.
De acordo com testemunhas, a motocicleta havia sido fechada pelo Sorento na esquina da Rua do Escravo Miguel com a Avenida Oceânica, antes mesmo da primeira colisão. O lavador de carros Maurício França de Jesus assistiu à cena. Segundo ele, após a fechada, Emanuel e Kátia discutiram. “Ela fechou a moto, daí começaram a discutir. Ela deixou ele acelerar e depois bateu nele por trás. Depois ela saiu bambeando com o carro e bateu”, disse Maurício.
Sem se identificar, um taxista disse que ambos furaram o sinal em alta velocidade. “Ele bateu no capô do carro, na certa para dizer que ela estava errada, e ela acelerou. Pelo visto, ela perdeu o controle, pegou na moto e eles foram direto no poste”.
Funcionários do Ondina Apart Hotel, também pedindo anonimato, contaram que Kátia chegou a entrar na contramão depois que a moto bateu no poste. “Ela jogou o carro na contramão, ia bater com outro carro, então fez a volta e jogou o carro em cima da calçada”, contou um funcionário. Segundo ele, a médica frequentava uma academia no apart.
Emanuel trabalhava como modelo, assim como a irmã, que também cursava Direito. A missa do sétima dia da morte deles foi foi realizada no final da tarde deste domingo (20) na Igreja da Ressurreição, em Ondina.
O aposentado Antônio Tabajara, 72 anos, que costuma sentar diariamente em frente ao portão onde Kátia bateu, disse que escapou por pouco. “Eu ouvi a pancada, mas não tive perna para levantar. Por pouco, não fui atingido”, contou. Segundo Tabajara, a médica saiu do carro andando e demonstrava estar muito nervosa.
O inquérito aberto pela 7ª Delegacia, Rio Vermelho, responsável pela investigação do caso, foi encaminhado para o Ministério Público na sexta-feira. O órgão tem até cinco dias para oferecer denuncia à Justiça - o promotor Davi Gallo já havia antecipado que Kátia irá responder por duplo homicídio. Matéria original: Correio24h Petição online pede a soltura da médica Kátia Vargas
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