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SALVADOR

PM vai abrir inquérito para investigar morte de homem em motel

Família diz que PMs agrediram vendedor

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07/01/2013 às 18:28 • Atualizada em 30/08/2022 às 20:08 - há XX semanas
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A Polícia Militar informou nesta segunda-feira (7) que irá abrir um inquérito para apurar o caso envolvendo policiais da corporação que terminou na morte de um homem em um quarto de motel no Jardim das Margaridas no domingo. Os policiais são da 49ª Companhia Independente de Polícia Militar (São Cristóvão) e foram chamados para o motel Korpus porque o vendedor Paulo Gabriel Santos Martins, 39 anos, estaria causando tumulto no local. Os policiais disseram que ao chegar no local, Paulo atirou contra eles. Eles revidaram e o e vendedor foi baleado, morrendo a caminho do hospital. A família de Paulo, porém, contesta esta versão e, baseada no atestado de óbito emitido ontem pelo Instituto Médico Legal, afirma que o vendedor, além de baleado, foi agredido pelos PMs. DepoimentosO delegado Reinaldo Mangabeira, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), foi quem ouviu os PMs. Segundo ele, os militares relataram que foram chamados por funcionários do motel porque Paulo estava gritando e atirava pela janela. Afirmando que Paulo portava um revólver 38 e havia consumido cocaína, os PMs disseram ao delegado que falaram com o vendedor, mas que ele continuou gritando e duvidou que aqueles homens fossem policiais. O giroflex do carro da PM chegou a ser ligado para provar, o que não surtiu efeito. Ainda segundo a versão contada pelos PMs ao delegado Mangabeira, quando os policiais entraram no quarto pelos fundos - com uma chave reserva -, foram recebidos com três tiros, que não atingiram ninguém. Ao revidarem, eles teriam baleado a vítima no braço e nas costas. “Eles disseram que Paulo, já sem a arma e baleado, ainda conseguiu sair do quarto correndo, mas foi contido por outro policial e socorrido para o Hospital Menandro de Farias, mas não resistiu”, relatou Mangabeira. Família acusa policiais militares de agredirem vendedor até a morte Depois que o corpo de Paulo Gabriel foi liberado do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, na tarde de ontem, a família descobriu que a causa da morte do vendedor não foram os disparos dos policiais da 49ª CIPM. No atestado de óbito, ao qual o CORREIO teve acesso, constam três causas: hemorragia encefálica, traumatismo crânio encefálico e instrumento contundente. “Ele foi espancado até a morte. O médico do IML informou que o tiro atravessou o tórax e que ele foi algemado e recebeu várias pancadas na nuca”, disse a ex-mulher de Paulo Gabriel. O corpo de Paulo será enterrado hoje, no Cemitério Jardim da Saudade, em Brotas. O Departamento de Comunicação da PM informou que, de acordo com o relato dos três PMs envolvidos na ocorrência, o caso foi classificado como Auto de Resistência, quando a vítima resiste à ação policial. “O relato dos policiais é que ele tinha atirado contra a menor e que ofereceu resistência mesmo ferido. Ela disse que consumiu cocaína com ele, mas só o laudo vai confirmar”, disse o capitão Alexandro Messias. O oficial disse que não conseguiu localizar os policiais para questioná-los sobre a acusação de espancamento. “O fato vai ser apurado pelo PM. Cabe a instalação de um IPM (Inquérito Policial Militar), mas pode ser precedido por uma sindicância. Amanhã (hoje) vamos definir”, concluiu o capitão. Matéria original: Correio 24h PM vai abrir inquérito para investigar policiais envolvidos em morte de homem em motel

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